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Ai Weiwei protesta contra veto de menores de 18 anos no Masp

Artista plástico chinês participou de reivindicações durante abertura da mostra 'Histórias da Sexualidade' nesta quinta-feira

Por Da redação
Atualizado em 20 out 2017, 20h32 - Publicado em 20 out 2017, 09h28

O chinês Ai Weiwei protestou contra o veto para menores de 18 anos da nova exposição do Masp, intitulada de Histórias da Sexualidade. Na noite desta quinta-feira aconteceu a abertura da mostra e o artista plástico se juntou a um grupo que reivindicava a causa na entrada do local. Em uma imagem postada no Instagram, é possível vê-lo segurando uma placa em que está escrito a frase “censura nunca mais”.

Nas redes sociais, Weiwei ainda postou fotos da nova mostra do Masp e elogiou: “É muito importante ter uma exposição como essa agora no Brasil”. Os protestos em frente ao museu ocorreram após o anúncio de que visitantes com menos de 18 anos não poderão entrar na nova exposição, mesmo que acompanhados por um responsável. Em nota, a instituição informou, na última quarta-feira, que procurou orientação jurídica para classificar a faixa-etária de Histórias da Sexualidade e citou a Constituição Federal de 1988, que garante “a adoção de medidas de proteção ao menor pela família, pela sociedade e pelo Estado”.

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Weiwei, que atualmente mora na Alemanha, veio ao Brasil para participar da  Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Seu novo documentário, Human Flow, abriu a 41° edição do evento. Em uma coletiva com jornalistas realizada na tarde da quinta-feira, ele se posicionou sobre as recentes polêmicas envolvendo exposições no Brasil: “Há quem, por princípios religiosos e morais, tente restringir nossa liberdade”, disse, sem citar diretamente os evangélicos que pediram boicote à exposição sobre diversidade abortada pelo Santander em Porto Alegre, a Queermuseu, e à performance com um homem nu no MAMLa Bête“Perder a liberdade de expressão é um sinal muito perigoso de que se pode estar andando para trás”, continuou. “O primeiro passo, no retrocesso, é sempre calar a arte. É uma ameaça de surgimento de tempos piores.”

Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, Lilia Schwarcz, curadora adjunta de histórias do Masp, Pablo León de la Barra, curador adjunto de arte latino-americana, e Camila Bechelany, curadora assistente, Histórias da Sexualidade, já aberta à visitação, conta com mais de 300 obras divididas entre assuntos como nudez, voyeurismo e jogos sexuais. Entre pinturas, desenhos e esculturas, a mostra exibe trabalhos como de Henri de Toulouse-Lautrec, Guerrilla Girls Tunga

Classificação indicativa

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, propôs na última quarta-feira que o sistema de classificação indicativa utilizado para conteúdos audiovisuais fosse ampliado para exposições. “Tenho empunhado a bandeira da classificação indicativa. Acho que é uma maneira de assegurarmos a liberdade de criação e de expressão dos artistas e de gestores de espaços culturais com a necessidade de preservamos a infância”, afirmou durante uma participação no programa CB.Poder, exibido na TV Brasília. 

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Leitão, porém, defendeu que os pais tenham o direito de escolher o que os filhos vão ver e consumir. “Gostaria que fosse uma iniciativa do Legislativo para que se permitisse o amplo debate, não só na elaboração do projeto mas também na sua tramitação. É uma medida que, de certo ponto, resolve o ponto central da polêmica. Não gostar do que é exibido é um direito democrático das pessoas. Organizar boicotes também é parte da democracia, assim como artista e curador têm o direito constitucional de criar e de expor suas obras. O único ponto que parece questionável, e para ao qual se deve ter um zelo especial, é o cuidado com a infância e com a adolescência, até porque o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece diretrizes sobre estes pontos”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “Os pais têm o direito de definir o que seus filhos devem ou não devem ver, e para isso eles precisam ser informados do conteúdo das obras expostas.”

 

 

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