Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Anitta evita rótulo de feminista, mas defende ‘a igualdade’

'Eu não gosto de ser confundida com essa parte que, para levantar a mulher, coloca o homem para baixo', diz a cantora em entrevista

Por agência France-Presse
26 abr 2018, 12h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com a carreira no Brasil consolidada e a internacional despontando, a cantora Anitta fala sobre igualdade de gêneros, parcerias e diz que, embora tenha os seus momentos de diva, não quer ser vista como “intocável”, em entrevista em sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

     

    Suas músicas falam muito da mulher, do empoderamento feminino. Você se considera feminista? Eu levanto a bandeira dos direitos iguais, só acho que hoje em dia tem mudado um pouco essa questão: as pessoas estão achando que é colocar a mulher acima do homem e não é. Pra mim, são os direitos iguais mesmo. Eu só não gosto de ser confundida com essa parte que, para levantar a mulher, coloca o homem para baixo. Não sou desse tipo, sou do tipo que todo mundo tem que estar lá em cima e está tudo certo.

    Com a exposição constante nas redes sociais, você se sente cobrada de ter que ter sempre uma opinião sobre tudo — seja feminismo, política, racismo? Com certeza, sempre é cobrada uma posição e, quando você dá uma opinião, aqueles que não concordam vão julgá-la. Quando possível, e quando acho que não vai atrapalhar, eu falo. Só não me aprofundo porque acho que cada um vem com a sua missão, e a minha é passar entretenimento, alegria, mensagens boas e dar um bom exemplo.

    O que você acha que alavancou o seu sucesso? Eu fiz diferente, foi novidade. O fato de buscar fazer completamente diferente, ao mesmo tempo em que é arriscado, se der certo, vai dar muito certo. Sempre jogo num super risco, de novidade, de conteúdo. Desde uma batida, ao look, ao discurso, tudo eu tento fazer o mais diferente possível.

    Quais são suas divas? A Beyoncé é uma grande diva, a Rihanna. A Mariah Carey, para mim, é a primeira de todas, porque foi a que eu cresci ouvindo. E aqui do Brasil, a Marisa Monte. (Para ser uma diva) acho que uma artista tem que saber quem ela é, ser coesa na construção da carreira, ter um discurso com que as pessoas se identifiquem.

    Mas você se considera uma diva pop? Não sei, isso de diva tem muito de endeusamento. Eu sou mais pé no chão, gente da gente. Até tenho meus momentos de diva, mas não quero ser vista como intocável. Pelo contrário, quero ser vista como alguém que é possível chegar perto, que é possível ser e parecer.

    Como chegou às parcerias internacionais? Indo para a balada conhecer gente, fazendo reuniões. Procurando contatos, redes sociais, e fui metendo as caras mesmo. Meu sonho é fazer uma parceria com o Drake. Ainda não o conheço, tenho alguns amigos em comum, mas sou cara de pau. Não sou inconveniente, não fico ‘pedinte’. Tenho bom senso. Então vamos esperar o destino.

    Continua após a publicidade

    Quando você percebeu que a América Latina podia ser um nicho? Comecei a entender que, embora o inglês seja a língua universal, o espanhol tem números muito grandes, equivalentes aos de consumo da língua inglesa. Quando percebi que o espanhol seria a próxima tendência do momento, comecei a arquitetar como conseguiria fazer essa moda voltar ao Brasil. Acho que fiz parte (desse retorno), mas não tem só a ver comigo. Analisei e visionei algo que aconteceria, só me antecipei, tentei puxar essa corrente logo.

    Como surgiu a ideia do CheckMate, de um clipe por mês? Qual foi o objetivo com esse projeto? O meu objetivo era ter conteúdos materiais em outras línguas disponíveis na rede. Pensei em uma maneira que fosse prática, rápida e que não fosse uma coisa que eu ia fazer e ninguém ia ver. O Brasil consome muito single e, para eu conseguir um pouco de visibilidade lá fora, teria que usar os meus números daqui. Então pensei nos clipes mensais, criando expectativa. A primeira (música, Will I See You) era uma proposta completamente nova, mas mostrando minha potência vocal. A segunda (Is That for Me) era mais comercial. A terceira (Downtown), um pouco mais ousada e em espanhol. E a última (Vai Malandra), o Brasil que eu estava acostumada a fazer.

    Onde e como você se vê daqui a 10 anos? Me vejo desacelerada, não mais com esse ritmo de trabalho, tendo concluído todos meus sonhos e dando foco a coisas mais do coração, fazendo só as coisas que me deem muito prazer e que eu ame muito, projetos que eu acredito de coração.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.