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As lições para o pós-pandemia do Lollapalooza, que reuniu 440 mil nos EUA

Evento ocorreu em Chicago com mais de 50% da população imunizada, exigência de comprovante de vacina, testes negativos para Covid-19 e o uso de máscaras

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 ago 2021, 19h15 - Publicado em 3 ago 2021, 19h15

A foto que abre esse texto pode até parecer uma imagem de arquivo. Mas não é. Ela foi registrada no último domingo, 1º, durante show do Foo Fighters no festival Lollapalooza, em Chicago, Estados Unidos. Realizado de quinta a domingo, no Grant Park, o evento recebeu cerca de 440 000 pessoas (110 000 por dia). Nos primeiros dois dias, não exigiu o uso de máscaras, apenas a comprovação de vacina ou teste negativo para Covid-19. No sábado e domingo, porém, o uso de máscaras tornou-se obrigatório. Este foi, aliás, o primeiro evento de grandes proporções nos Estados Unidos desde a explosão do coronavírus. Em junho, o próprio Foo Fighters já havia feito um show em Nova York, no ginásio do Madison Square Garden, mas para cerca de 15 000 pessoas.

No Brasil, eventos deste porte só deverão ocorrer mesmo no ano que vem. A versão nacional do Lollapalooza e o Rock In Rio, por exemplo, já anunciaram as novas datas para 2022, e as novas datas da turnê da banda Kiss no país foram reveladas ontem. Mas o que e possível aprender com o exemplo americano? A primeira coisa é sobre a vacinação. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 50,6% da população de Chicago já estavam totalmente imunizados (ou seja, com as duas doses da vacina) contra a Covid-19. No Brasil, o número de vacinados por completo ainda não chegou a 20%. A segunda lição: não dá para descuidar. Mesmo com a vacinação avançada por lá, os organizadores exigiram comprovantes e testes negativos, e também o uso de máscara.

Mesmo com todas as precauções, as autoridades ainda se mostraram preocupadas com a realização do festival neste momento – o evento também contou, aliás, com shows de Miley Cyrus, Tyler, The Creator, Post Malone, Megan Thee Stallion, Limp Bizkit e Brockhampton. O maior problema é a variante Delta, que está se espalhando rapidamente nos Estados Unidos. “Quando você tem tantas pessoas em um mesmo lugar, é quase certo que surgirão alguns casos”, disse a secretária de saúde pública de Chicago, Allison Arwady. Mesmo com tantas preocupações, o Lollapalooza de Chicago se mostrou um sucesso – e também sinalizou, finalmente, um alento para o entretenimento de massas.

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