Rainha Elizabeth autoriza união de Harry e Meghan — sem elogios a ela
Rainha esquiva-se de atribuir adjetivos à noiva no ´Instrumento de Consentimento´, como fizera com a 'confiável e muito querida' Kate Middleton em 2011
O príncipe Harry e a atriz americana Meghan Markle estão oficialmente autorizados a subir ao altar. Com o casamento marcado para o próximo sábado, o Palácio de Kensington divulgou uma semana antes o Instrumento de Consentimento, documento no qual a Rainha Elizabeth 2ª dá o seu aval para a boda.
Por ser um documento da família real britânica, o Instrumento de Consentimento traz grafados símbolos e emblemas da Casa Real de Windsor, do Reino Unido e do País de Gales. A referência a Meghan está em uma rosa, símbolo dos Estados Unidos, e duas flores, símbolo da Califórnia, onde ela nasceu.
O perfil do palácio no Twitter divulgou uma imagem do papel escrito à mão, com uma elegante caligrafia em várias cores, e assinado no extremo superior direito pela soberana, avó do noivo. “O consentimento ao casamento entre nosso muito querido e amado neto, o príncipe Henry Charles Albert David de Gales, e Rachel Meghan Markle”, expressou-se a rainha.
A fórmula é um pouco diferente da utilizada para o casamento do príncipe William, o segundo na linha de sucessão ao trono, e Kate Middleton, em 2011. Naquele texto, a noiva foi descrita por Elizabeth 2ª como “nossa confiável e muito querida Catherine”. Meghan não ganhou adjetivos da rainha.
Elizabeth II, de 92 anos, assinou o chamado Instrumento de Consentimento em março. Ela conheceu Meghan Markle em outubro, quando o príncipe Harry a levou para tomar chá com a soberana no Palácio de Buckingham.
A assinatura do documento faz parte da tradição no Reino Unido e se remete atualmente à Lei de Sucessão à Coroa de 2013, que reformou a antiquada Lei de Casamentos Reais de 1772. A legislação antiga requeria aos descendentes de George II a permissão do monarca para se casarem.
A de 2013, em vigor desde 2015, modernizou alguns aspectos da sucessão monárquica. Mas ainda requer que os seis primeiros descendentes da Coroa peçam o consentimento da chefe de Estado antes de contrair matrimônio. A lei permite agora que um descendente real se case com uma pessoa católica, mas a impede de reinar.
O príncipe Harry, sexto na linha de sucessão, e Meghan Markle se casarão no dia 19 de maio na Capela de São Jorge, situada em terreno do Palácio de Windsor, na cidade de mesmo nome, a cerca de 32 quilômetros de Londres.