Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo terminaram na manhã deste domingo, 3, com arquibancadas cheias no Sambódromo do Anhembi. Os camarotes também estavam movimentados com a presença de políticos, atores e atletas. Confira abaixo, alguns dos destaques do carnaval dos famosos:
Prefeito e governador em sintonia
Bruno Covas e João Doria tentaram encerrar qualquer tipo de rumor sobre um possível distanciamento entre eles. No camarote da prefeitura, eles chegaram juntos à segunda noite de desfiles e bateram um animado papo diante dos fotógrafos, entre dezenas de pedidos de selfies de eleitores. Depois, foram para a um ponto privilegiado e curtiram os primeiros desfiles a centímetros da avenida.
“Não tenho preferência, torço por todas as escolas”, despistou Doria. Mais despojado, de bermuda e tênis, Covas decorou a letra do samba-enredo da Águia de Ouro e soltou a voz, enquanto o governador acenava para os integrantes da escola que passavam. Eles, no entanto, não alongaram a noite e foram embora cedo — Doria passará ainda pelo Carnaval do Rio e de Salvador.
Gringo folião
Um dos rostos conhecidos mais animados do Anhembi não era brasileiro. O ex-zagueiro uruguaio Diego Lugano curtiu o camarote de uma cervejaria ao lado da esposa, Karina Roncio, e foi um dos mais assediados. Conversou animadamente com os fãs são-paulinos que o chamavam de “Diós” e levou na esportiva as brincadeiras dos rivais.
E até arriscou alguns passos de dança com a esposa em shows de samba e axé no camarote. “Também tem Carnaval no Uruguai. Eu adoro, já até desfilei aqui. A sensação é muito parecida com entrar e no Morumbi lotado”, contou o hoje dirigente do São Paulo, sem qualquer resquício da truculência dos tempos de zagueiro. No primeiro dia, Lugano só foi embora quando o sol raiou, depois da emocionante passagem de Arlindo Cruz no desfile da X-9 Paulistana.
O tenor Hypolito
Vários medalhistas olímpicos deram as caras nos camarotes, como o ginasta Arthur Zanetti, Fabi, Fofão e Lucarelli, do vôlei, e Marta, ex-jogadora de basquete. Mas quem mais brilhou foi o ginasta Diego Hypolito, que revelou um dom até então secreto. “Quase ninguém sabe, mas canto bem desde criança, tenho uma voz forte, canto até opera.” Ele subiu ao palco do camarote Bar Brahma com Ivo Meirelles e comprovou sua habilidade. “Hoje em dia me divirto mais cantando do que competindo. Ainda tenho alguns anos de carreira, mas quando largar o esporte quem sabe eu não me dedique à música?”, brincou o vice-campeão olímpico na Rio-2016.
Globais do esporte
Como de costume, poucas estrelas da primeira linha do Projac compareceram ao Carnaval de São Paulo (Rio e Salvador são os destinos preferidos das celebridades). Um pequeno grupo de globais, no entanto, se destacou no camarote na madrugada de sábado: Ivan Moré, Felipe Diniz e Marco Aurélio Souza, nomes importantes do jornalismo esportivo da emissora, emendaram longos papos com Duílio Monteiro Alves e Eduardo Ferreira, dirigentes do Corinthians — e não economizaram na bebida.
Saudades de Bial
Não poderiam faltar ex-participantes do Big Brother Brasil. Dentre eles, Eliéser Ambrósio era o mais assediado. O modelo, que hoje também trabalha como DJ em São Paulo, credita ao apresentador Pedro Bial a sua fama longeva. “Antes, eu acho que o BBB atingia mais gente, com o Bial era um jogo mais psicológico. Os tempos mudaram, o Tiago Leifert tem uma linguagem mais voltada aos jovens, acho que já não atinge tanta gente”, disse, acompanhado da esposa, Kamila Salgado, que conheceu justamente no reality da Globo.
Neto, o gente boa
O ex-jogador Neto foi o mais assediado – e disparadamente o mais solícito – entre os famosos do camarote de uma marca de cerveja. O polêmico comentarista da Band atendeu a todos os pedidos de fotos e conversou com todos os fãs no Carnaval de São Paulo, enquanto outros boleiros famosos curtiam a folia em um espaço reservado – o “camarote do camarote”. Sandra Ferreira, a esposa de Neto, não reclamou. “Já acostumei, é sempre assim onde quer que ele vá.”
A paciência de Nino
Um dos setores mais badalados do camarote VIP da Brahma foi o buffet que servia frios e um espaguete flambado num queijo. O ator Cássio Scapin, o eterno Nino do Castelo Ra-Tim-Bum, deu azar e protagonizou um raro momento de desorganização, quando a produção das massas atrasou bastante. Ele era o primeiro da fila que foi se aglomerando e esperou, com incrível paciência, até que seu prato ficasse pronto, cerca de meia hora depois. “Dava pra eu ter voltado pra casa e feito eu mesmo um macarrão”, brincou.
Contenção de gastos
Se no camarote mais disputado pelos famosos havia comida e bebida farta e à vontade, no da prefeitura, bem menos concorrido, os convidados tinham de bancar o que consumissem do próprio bolso e a preços pouco convidativos. Uma lata de cerveja, por exemplo, custava 8 reais. A política de corte de custos vem desde 2017, quando o agora governador João Doria assumiu a prefeitura e disse ter enxugando de 1,2 milhão de reais para 120.000 reais o orçamento do camarote da prefeitura.