Celebridades enfrentam frio no tapete vermelho em Berlim
Nem as temperaturas perto de 0ºC desanima atores, diretores e fãs nas galas
Alguns flocos de neve teimavam em cair bem na hora do tapete vermelho do filme de abertura do 68º Festival de Berlim, na noite da quinta-feira (15). O diretor de Isle of Dogs (“ilha dos cachorros”, na tradução livre do inglês), Wes Anderson, e parte do elenco de vozes da animação em stop-motion, entre eles Bill Murray, Bryan Cranston, Liev Schreiber, Jeff Goldblum, Tilda Swinton e Greta Gerwig, enfrentaram bravamente o frio de 1ºC com sensação térmica de -2ºC. Os homens e Swinton, pelo menos, estavam de smoking ou terno. Greta Gerwig combateu a temperatura baixa com um vestido decotado com os recortes cobertos por tule.
Na noite seguinte, seria a vez de Robert Pattinson e Mia Wasikowska, que compareceu à gala de Damsel, dos irmãos David e Nathan Zellner, com um vestido Givenchy preto decotado na frente e nas costas, sem mangas e com saia semitransparente.
Todo ano é assim. Enquanto o Festival de Cannes acontece na agradável primavera da Riviera Francesa, em maio, correndo o risco apenas de um pé de vento despentear atores e atrizes (que costumam apelar para os penteados presos), e Veneza, no quente e úmido fim de verão, em setembro, Berlim é em pleno inverno, numa cidade em que faz bastante frio. Até por isso, não há o mesmo glamour da “montée des marches”, a escadaria do Festival de Cannes, nem de Veneza, onde os atores e atrizes chegam de barco. Em Berlim, eles precisam aguentar sem fazer cara feia. Os fãs também encaram corajosamente, gritando para seus atores favoritos, que costumam corresponder – Pattinson ficou quase 20 minutos tirando selfies e dando autógrafos, com o maior sorriso no rosto. Em 2018 ninguém pode reclamar, já que a temperatura tem estado positiva até agora. No ano passado, os termômetros ficaram quase sempre bem abaixo de 0ºC.