Com crise do coronavírus, Cinemark oferece Plano de Demissão Voluntária
Após decreto que cancelou sessões no Rio, Kinoplex também tomou medidas, que incluem antecipação de férias coletivas dos funcionários
Com cinemas fechados por decisão do governo do Rio de Janeiro, a rede Cinemark propôs nesta segunda-feira, 16, medidas drásticas para conter a crise causada pelo coronavírus. De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas Teatrais e Cinematográficos do Rio de Janeiro, Paulo Balmant, a franquia de cinemas ofereceu duas propostas que ainda precisam ser aprovadas pelo Ministério do Trabalho.
A primeira oferece adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), com garantia de saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), sem multa rescisória. A segunda, o Programa de Qualificação Profissional Remunerado, no qual o funcionário participará de cursos online e receberá até 80% do salário líquido, excluídos adicionais e benefícios, sem trabalhar. A informação foi confirmada à equipe de VEJA.
Segundo Balmant, a maioria dos funcionários tende para a segunda opção. Eles terão 24 horas para escolher. A franquia não deu detalhes das propostas e, em nota, disse que atendeu “às determinações de diversas autoridades”. Diante da paralisação do funcionamento de suas salas no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, “iniciou diálogo com seus colaboradores e sindicato para encontrar de forma conjunta as melhores alternativas para a administração da crise sanitária e econômica”.
A rede Kinoplex também sentiu os efeitos da crise e antecipou as férias coletivas de todos os funcionários do estado sem consultá-los ou oferecer outra alternativa, de acordo com Balmant. Em nota, disse que a iniciativa foi tomada “pensando no bem-estar dos seus profissionais, uma vez que, dessa forma, eles recebem o valor integral dos seus salários”.
A empresa, cuja metade das salas de cinemas está sediada no Rio, reiterou a importância do bom funcionamento no estado carioca.
O fechamento das salas de cinema no Rio foi decretado pelo governador Wilson Witzel na última sexta-feira, 13, e terá 15 dias de duração. A decisão veio para evitar aglomerações de pessoas e também inclui a suspensão de atividades em teatros e museus.