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Com perdão a Britney e Janet, Justin Timberlake evita virar ‘macho tóxico’

Cantor pediu desculpas por sua conduta no término do namoro com Britney, em 2002, e num rumoroso incidente com Janet no Superbowl de 2004

Por Da Redação Atualizado em 12 fev 2021, 18h09 - Publicado em 12 fev 2021, 17h24

O cantor Justin Timberlake construiu com sucesso uma imagem de rapaz talentoso, versátil e irresistível. Mas aquilo que antes era um trunfo virou um problema na era do movimento #MeToo: qualquer deslize pode significar o rótulo de sexista, ou pior, de “macho tóxico”. Prova de como esse risco tornou-se real é que, tão logo vieram à tona comentários negativos sobre sua conduta em relação a duas estrelas femininas, Timberlake correu para fazer uma redução de danos à sua imagem. Nesta sexta-feira 12, ele se desculpou à ex-namorada Britney Spears, após detalhes pouco elogiáveis de seu comportamento terem sido revelados no documentário Framing Britney Spears, que mostra como a cantora foi engolida pela engrenagem do showbiz e perdeu controle de sua vida e carreira – o pai assumiu as suas finanças a partir de 2008, impedindo a cantora de usar seu dinheiro da maneira que quiser.

Mas não só. Na mesma declaração, o cantor também pediu desculpas para Janet Jackson por causa do show no intervalo do Super Bowl de 2004, em que um seio da cantora ficou à mostra, prejudicando a carreira dela – mas não a dele. Na ocasião, Timberlake disse que a roupa da cantora apresentou um “mau funcionamento”, no qual ele teria sido só indiretamente responsável ao puxar parte da blusa e expor o seio da cantora.

“Quero pedir desculpas, especificamente para Britney Spears e Janet Jackson, porque eu me importo com essas mulheres e as respeito. Eu falhei. Sinto que preciso falar isso, porque todo mundo envolvido nessas histórias merece algo melhor”, escreveu em um post no Instagram.

O documentário foi produzido pelo jornal The New York Times e, além de mostrar como a cantora foi caçada pela imprensa sensacionalista, aborda também o relacionamento dela com Timberlake. O documentário sugere que o cantor, por ser homem, teve a possibilidade de controlar a narrativa da separação, em 2002, enquanto Britney foi duramente julgada e saiu como vilã da história. “Lamento profundamente os momentos da minha vida em que minhas ações contribuíram para o problema e não defendi o que era certo. Entendo que falhei nesses momentos e muitos outros e me beneficiei de um sistema que tolera a misoginia e o racismo”.

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