Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

‘Desventuras em Série’ é fiel aos livros, mas cansa

Neil Patrick Harris interpreta o vilão Conde Olaf na nova série da Netflix

Por Rafael Aloi Atualizado em 4 jun 2024, 20h45 - Publicado em 13 jan 2017, 08h52
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em 1999, Lemony Snicket (pseudônimo do americano Daniel Handler) lançava Mau Começo, o primeiro livro de Desventuras em Série. A saga chegou ao fim no 13º volume em 2006, ganhou uma adaptação no cinema em 2004 (com Jim Carrey como protagonista, e que não foi bem recebida pelo público), e agora serve de base para a nova série da Netflix, cuja primeira temporada com oito capítulos está disponível a partir desta sexta-feira. O programa recria com fidelidade a saga literária dos órfãos Baudelaire. O problema, contudo, está no ritmo cansativo. Alerta: Crianças podem dormir entre um episódio e outro.

    Desventuras em Série acompanha Violet (Malina Weissman), Klaus (Louis Hynes) e Sunny Baudelaire, cujos pais morrem em um misterioso incêndio. Os órfãos são encaminhados para vários tutores, entre eles o malvado Conde Olaf (Neil Patrick Harris), um ator charlatão que só quer saber de roubar a fortuna das crianças. Toda a trama é amarrada pela narração de Lemony Snicket (Patrick Warburton), que invade as cenas com explicações e previsões direcionadas aos espectadores.

    Olaf é o grande astro da história, não à toa o mega popular comediante Neil Patrick Harris foi escalado para o papel. O ator inclusive canta a música de abertura que muda conforme a história avança. A interpretação pode ser um pouco exagerada, mas o personagem pede. Patrick Harris é também um dos produtores da série. Em conversa com a reportagem de VEJA, ele conta que a ideia era fazer o programa bem similar aos livros. “Sou um grande defensor em honrar a fonte original. Eu acho que a forma como Daniel Handler criava as falas é admirável. Quando as crianças leem os livros, ficam mais espertas, aprendem senso de humor, vocabulário. Eu queria que o programa representasse isso também”, contou.

    A produção técnica da série é muito bem feita. O visual impecável transporta o público para o mundo imaginário da saga. Diversas cenas e enquadramentos lembram trabalhos do cineasta Wes Anderson (Grande Hotel Budapeste), que gosta de coisas simétricas e centralizadas. Apesar de bonito, o recurso pode cansar ao longo de uma maratona. Cansativa, aliás, é uma palavra apropriada para a produção. A história cheia de mistérios não compensa o ritmo em que é apresentada. As diversas interrupções do narrador quebram o clima, e tornam tudo arrastado e mais didático que o necessário.

    Cada volume literário se transformou em dois episódios, mas um formato mais livre, sem esta divisão engessada, poderia tornar a trama mais fluída e ágil, ainda sem perder a essência.

    Continua após a publicidade

    Um ponto positivo é a inserção de novos personagens. A série acertou ao colocar a inédita e misteriosa Jacquelyn S. (Sara Cannin) — que tem as mesmas iniciais de um personagem importante em livros futuros — e mais dos pais das crianças (Colbie Smulders e Will Arnett), percorrendo o submundo de mistérios aos quais os órfãos inadvertidamente entraram. As novidades trazem um frescor à narrativa para os fãs da obra literária.

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.