O romeno Touch Me Not, dirigido pela estreante Adina Pintilie, foi o vencedor do Urso de Ouro no 68º Festival de Berlim. Os prêmios foram anunciados nesta noite pelo júri presidido pelo cineasta alemão Tom Tykwer e composto pela atriz belga Cécile de France, o fotógrafo espanhol Chema Prado, a produtora americana Adele Romanski, o compositor japonês Ryuichi Sakamoto e a crítica americana Stephanie Zacharek.
O polonês Twarz, de Malgorzata Szumowska, levou o Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri.
O melhor diretor foi o norte-americano Wes Anderson, por Isle of Dogs. O ator Bill Murray recebeu o Urso de Prata pelo cineasta. “Nunca imaginei que ia trabalhar como cachorro e voltaria para casa com um urso”, disse.
A paraguaia Ana Brun foi escolhida a melhor atriz por , de Las Herederas, de Marcelo Matinessi. É seu primeiro trabalho como atriz.
Já o Urso de Prata de ator foi para Anthony Bajon, por La Prière, de Cédric Kahn.
Os mexicanos Manuel Alcalá e Alonso Ruizpalacios ganharam o Urso de Prata de roteiro por Museo, dirigido por Ruizpalacios.
O Urso de Prata de melhor contribuição artística ficou com Elena Okopnaya, pelo figurino e direção de arte de Dovlatov, de Alexei German Jr.
O Alfred Bauer, destinado a um filme que abra novas perspectivas, foi entregue a Las Herederas, de Marcelo Martinessi. É a primeira vez que um filme do Paraguai participou da competição.
O melhor longa-metragem de estreia foi Touch Me Not, dirigido pela romena Adila Pintilie, segundo o júri composto pelo cineasta italiano Jonas Carpignano, o diretor romeno Calin Peter Netzer e a israelense Noa Regev, diretora-executiva da Cinemateca de Jerusalém. O chinês An Elephant Sitting Still, de Hu Bo, ganhou menção especial. O cineasta cometeu suicídio poucos meses atrás, aos 29 anos.
O Glashütte Original, prêmio para o melhor documentário, foi para o austríaco Waldheims Walzer, de Ruth Beckermann. O júri era formado pela curadora portuguesa Cíntia Gil, a diretora alemã Ulrike Ottinger e o cineasta e roteirista americano Eric Schlosser. Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi, ganhou menção especial.
Curta-metragens
Na competição de curtas-metragens, o israelense The Men Behind the Wall, de Ines Moldavsky, levou o Urso de Ouro de melhor curta. O prêmio do júri ficou com Imfura, de Samuel Ishimwe, produzido por Suíça e Ruanda. E o prêmio Audi de curta foi para o dinamarquês Solar Walk, de Réka Bucsi. O júri da competição de curtas era formado pelo cineasta português Diogo Costa Amarante, pela diretora sul-africana Jyoti Mistry e pelo curador americano Mark Toscano.
Na mostra Geração KPlus, o júri infantil deu o Urso de Cristal para o canadense Les Rois Mongols, de Luc Picard, com menção especial para Supa Modo, de Likarion Wainaina, uma coprodução entre Alemanha e Quênia. O júri oficial, formado por Amanda Duthie, diretora do Festival de Adelaide, a diretora sueca Sanna Lenken e a cineasta espanhola Carla Simón, premiou Sekala Niskala, de Kamila Andini, coprodução entre Indonésia, Holanda, Austrália e Qatar, com menção especial para o francês Allons Enfants, de Stéphane Demoustier. O melhor curta segundo o júri infantil foi o australiano A Field Guide to Being a 12 Year-Old Girl, de Tilda Cobham-Hervey, com menção especial para Snijeg za Vodu, de Christopher Villiers, coprodução entre Bósnia e Herzegovina e Reino Unido. Já o júri oficial premiou Jaalgedi, do Nepal, dirigido por Rajesh Prasad Khatri, com menção especial a Cena D’Aragoste, coprodução entre Estados Unidos e Itália de Gregorio Franchetti.
Já na mostra Geração 14Plus, o Urso de Cristal foi para Fortuna, de Germinal Roaux, coprodução entre Suíça e Bélgica, com menção especial para Retablo, de Álvaro Delgado-Aparicio, coprodução entre Peru, Alemanha e Noruega. O júri oficial, composto pelo cineasta brasileiro Felipe Bragança, o fotógrafo australiano Mark Rogers e a curadora alemã Verena von Stackelberg, premiou o sueco Juck, de Olivia Kastebring, Julian Gumpert e Ulrika Bandeira, com menção especial para o polonês Na Zdrowie!, de Paulina Ziolkowska. O Urso de Cristal de curta foi para o holandês Kiem Holijanda, de Sarah Veltmeyer, com menção especial para Je Fais Où Tu Me Dis, da Suíça, dirigido por Marie de Maricourt.