O diretor, cineasta e autor Domingos Oliveira morreu neste sábado, 23, no Rio de Janeiro, aos 82 anos. Ele estava em sua casa, no bairro do Leblon. Segundo familiares que falaram ao jornal O Globo, ele sentiu falta de ar. Uma ambulância chegou a ser acionada, mas não chegou a tempo. Ele passou mal por volta das 14h e não resistiu. Domingos foi diagnosticado com Parkinson há anos. O velório e o enterro serão realizados no próprio sábado, 23, no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro.
Carioca, Oliveira formou-se engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Escrevia para teatro e cinema e, apesar de o teatro ser uma grande paixão, foram as telas que tornaram seu nome conhecido.
Começou como assistente de direção de Joaquim Pedro de Andrade, com quem filmou Manuel Bandeira, O Poeta do Castelo e Couro de Gato. Seu primeiro longa-metragem também, Todas as Mulheres do Mundo, foi realizada em 1966. O filme, classificado como comédia, trazia um tema que marcaria toda a sua produção, seja para teatro, para cinema ou para a televisão: os relacionamentos.
Durante os anos 1970 produziu muito para a televisão. Mas são desse períodos filmes como Simonal – que tinha o cantor interpretando a si mesmo. Com a chamada retomada do cinema, nos anos 1990 – viveu um período aclamado pela crítica. Lançou Amores, em 1998, e Separações, quatro anos depois, atuando nos dois longas ao lado da mulher, a também atriz Priscila Rosenbaum.
Seu último filme foi Barata Ribeiro, 716, com Caio Blat no papel de protagonista, um alter-ego do diretor e autor do longa que tinha como cenário a conhecida rua do bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, pano de fundo de muitas outras de suas histórias e de sua vida. Deixa quatro filhos, entre eles a atriz Maria Mariana.