A escritora Rachel de Queiroz completaria 107 anos nesta sexta-feira e o Google preparou um doodle em sua homenagem. Na imagem, a cearense nascida no dia 17 de novembro de 1910 aparece à frente de uma ilustração de retirantes na seca do Nordeste, cena recorrente em suas obras.
Rachel foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras (ABL). A escritora obteve reconhecimento logo no seu primeiro romance, publicado aos 20 anos de idade: O Quinze, que retrata de questões sociais da região do Brasil ao mesmo tempo em que constrói uma trama psicológica dos seus personagens. O livro é considerado um dos grandes romances do Modernismo Brasileiro.
A temática abordada pela romancista reflete muito do que passou em sua própria vida. Aos 7 anos de idade, Rachel mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, para fugir da grande seca de 1915. A romancista ainda morou em Belém do Pará antes de regressar para Fortaleza em 1919.
Depois de O Quinze, escreveu João Miguel em 1932 e Caminho de Pedras em 1937. Em 1950, publicou em formato de folhetim, na revista O Cruzeiro, o romance O Galo de Ouro. Escreveu crônicas, peças de teatros e colaborou com veículos como Diário de Notícias e O Jornal.
Rachel ainda foi membro do Conselho Federal de Cultura entre 1967 e 189, participou da 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU em 1966 como delegada do Brasil e foi eleita para ocupar a quinta cadeira da Academia Brasileira de Letras em 1977. Além disso, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura de Brasília pelo conjunto de obra em 1980 e o Prêmio Luís de Camões em 1993.
A escritora morreu em 2003, aos 92 anos, vítima de um infarto no miocárdio enquanto dormia na sua casa, no Leblon. Entre suas principais obras, ainda ficaram marcadas As Três Marias, de 1939, e Memorial de Maria Moura, de 1992, que virou minissérie na TV Globo.