Empresa de Harvey Weinstein é negociada com funcionária de Obama
Consórcio estaria perto de pagar meio bilhão de dólares pela empresa do produtor, acusado de assédio e abuso sexual
Arrastada pelos escândalos que envolvem Harvey Weinstein desde outubro, a produtora Weinstein Company, criada por ele e seu irmão Bob, estaria perto de passar para outras mãos. Segundo o site Deadline, um grupo de investidores, liderado por uma ex-funcionária do governo Barack Obama, estaria perto de concluir a compra da empresa.
Imigrante mexicana, Maria Contreras-Sweet chefiou a agência federal para pequenas e médias empresas entre 2014 e 2017, durante o segundo mandato de Obama. A reportagem desta terça-feira afirma que o consórcio encabeçado por ela fez uma segunda oferta para cobrir as demais. Fontes do site dão como certa a conclusão do negócio dentro de dez dias.
A oferta giraria em torno de meio bilhão de dólares, sendo que 275 milhões seriam da compra em si e o restante serviria para pagamento de dívidas e para aumento de capital. A partir da venda, a produtora seria totalmente renovada, com um nome diferente e sob a direção de uma mulher. Entre as propostas, está a promessa de manter todos os empregos e de constituir um fundo de apoio às vítimas de assédio e abuso sexuais em Hollywood.
Após ser acusado por diversas atrizes de assédio e abuso sexual, Weinstein foi demitido da empresa, da qual é atualmente dono de 23%. Na mesma época, também foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, e do Sindicato dos Produtores Americanos.