O premiado escritor israelense Amós Oz morreu nesta sexta-feira, 28, segundo informou Fania Oz-Salzberge, sua filha, pelo Twitter. Ele estava com 79 anos e sofria de câncer.
“Meu amado pai, Amós Oz, um homem de família maravilhoso, um autor, um homem de paz e moderação, morreu hoje em paz depois de uma curta batalha contra o câncer. Ele estava cercado por aqueles que o amavam e sabia disso até o fim. Que seu bom legado continue a emendar o mundo”, anunciou Fania.
Oz foi cofundador do movimento Paz Agora, que busca alcançar a paz em Israel, e um dos mais prestigiados escritores de seu país. Seu livro mais conhecido é o romance autobiográfico Rimas da Vida e da Morte (2003). Outros trabalhos de destaque foram A Caixa Preta (1988), Pantera no Porão (1997) e O Mesmo Mar (2002). No Brasil, sua obra é editada pela Companhia das Letras.
Pouco após o anúncio, Emmanuel Nahshon, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, declarou: “É uma perda para todos nós e para o mundo”.
Amós Oz nasceu em Jerusalém em 4 de maio de 1939, em uma família de origem russa e polonesa. Aclamado em seus primeiros dias como o “Camus israelense”, o escritor, fervoroso ativista da paz em relação aos palestinos, denunciou nos últimos anos a política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, protestando contra o que ele descreveu como “extremismo crescente do governo”.
Vencedor do prestigioso Prêmio Goethe 2005 na Alemanha, também recebeu o Prêmio Israel de Literatura em 1998, o Prêmio Mediterrâneo (Estrangeiro) em 2010 e o Prêmio Franz Kafka em 2013. Era apontado, anualmente, como um dos favoritos a levar o Nobel de Literatura.
Casado e pai de três filhos, Amós Oz foi muito apreciado por israelenses, especialmente por seu humor.
(Com AFP)