Mais de três meses depois de fechar as portas por causa da pandemia de coronavírus, a Disney de Shanghai – primeira unidade da rede da gigante do entretenimento global a aderir à quarentena – volta à ativa na próxima segunda-feira, 11. E com ingressos esgotados: segundo o site da atração, não há mais entradas disponíveis para os três primeiros dias do retorno, nem tampouco para o sábado, 16.
O parque chinês funcionará com 30% de sua capacidade e deve receber cerca de 24.000 pessoas por dia, seguindo regras estritas: os ingressos precisam, obrigatoriamente, ser adquiridos online, filas e restaurantes terão de respeitar o distanciamento social, o uso de máscara é obrigatório para visitantes e funcionários, e as famosas paradas e shows noturnos estão suspensos. Apesar disso, a mídia local reportou que algumas modalidades de ingressos se esgotaram em minutos. Nos sites de revenda Fluggy e Meituan, todas as entradas disponíveis para a primeira semana de reabertura já foram adquiridas, de acordo com a Reuters.
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Clique e AssineO desempenho fortalece uma visão mais otimista sobre o pós-quarentena, e é um bom indicativo para o futuro da indústria do entretenimento. Para os mais esperançosos, a euforia de aproveitar tudo o que não era possível durante a pandemia pode ser um bom combustível para a retomada do mercado. Depois de meses de confinamento, o retorno do público ao cenário cultural seria um movimento natural. Na outra ponta, os mais pessimistas acreditam que o mais provável é que o medo se sobreponha a isso, impedindo que as pessoas retomem de imediato o hábito de frequentar parques, cinemas e demais atrações.
Primeiro epicentro da pandemia, a China não registra mortes por coronavírus há mais de três semanas. Segundo os dados oficiais, na primeira semana de maio, o país teve apenas doze novos casos da doença. No total, foram 82.886 infectados e houve 4.633 óbitos desde o primeiro registro do vírus, em novembro. Os demais parques da Disney pelo mundo seguem fechados e sem previsão de reabertura. De acordo com o site Hollywood Reporter, as atrações deixaram de arrecadar cerca de 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre de 2020. Até o fim de março, a gigante do entretenimento registrou uma queda de 1,4 bilhão de dólares em receitas.