A controvérsia em torno da exposição Histórias da Sexualidade, que recebeu classificação indicativa de 18 anos pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), parece ter aumentado o interesse do público pela mostra. Segundo a assessoria de imprensa do museu, a exposição recebeu desde sua abertura, em 20 de outubro, até o último domingo, dia 29, 18.000 visitantes. No mesmo período do ano passado, o Masp recebeu cerca de 10.000 visitantes, o que representa um crescimento de 80% na visitação.
A mostra também teve a maior abertura do ano do museu – 1.235 pessoas compareceram à noite de inauguração, em 19 de outubro. Em entrevista a VEJA, o presidente do Masp, Heitor Martins, disse que esperava que a exposição tivesse grande procura. “A exposição foi realizada como planejado, está aberta e, mantidos os números atuais, pode vir a ser a mais visitada e comentada da história do Masp. Será um blockbuster”, afirmou.
A classificação de 18 anos causou controvérsia ao seu anunciada. Crianças e jovens menores de idade não podem visitar a mostra nem se seus pais ou responsáveis os acompanharem ou autorizarem, como determina o Ministério da Justiça. O anúncio da classificação aconteceu após outras performances e exposições terem sido criticadas na internet, como foi o caso da Queermuseu, em Porto Alegre, e da performance La Bête, do artista Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo.
Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, Lilia Schwarcz, curadora-adjunta de histórias do Masp, Pablo León de la Barra, curador-adjunto de arte latino-americana, e Camila Bechelany, curadora assistente, Histórias da Sexualidade conta com mais de 300 obras divididas entre assuntos como nudez, voyeurismo e jogos sexuais. Entre pinturas, desenhos e esculturas, a mostra exibe trabalhos de Henri de Toulouse-Lautrec, Guerrilla Girls e Tunga.
(Com Estadão Conteúdo)