O que seria de Game of Thrones sem toda a nudez e o sangue que tornaram a série tão famosa ao longo de oito anos? Os fãs chineses sabem a resposta: seis minutos do primeiro episódio da oitava temporada, que foi ao ar no último domingo 14, foram censurados na transmissão local por conterem imagens de sexo e violência.
Como a HBO não atua na China, a exibição foi feita exclusivamente por streaming, por intermédio de uma empresa de mídia chamada Tencent, parceira do canal americano. O episódio visto pelos chineses, segundo relatos de fãs na rede social Weibo (uma das poucas permitidas no país), teve apenas 48 minutos, contra os 54 exibidos no resto do mundo.
Entre as cenas cortadas, estava um diálogo envolvendo três prostitutas, que falavam sobre os soldados Lannisters feridos em outro episódio, durante um ataque de dragão contra uma caravana que levava ouro de Jardim de Cima a Porto Real. Na conversa, uma das moças menciona o destino do personagem vivido pelo músico Ed Sheeran na sétima temporada – ele teve o rosto queimado pela criatura e perdeu as pálpebras.
Detalhes como esse, preciosos para os fãs, foram perdidos pelo público do país, bem como uma sequência inteira de ação em que um personagem enfrenta capangas usando uma machadinha e outra ainda mais relevante em que um corpo é encontrado junto a uma espiral de membros decepados, próximo ao final do episódio.
A violência brutal tem sido um dos atrativos da série para um público mais amplo, especialmente nas primeiras temporadas, quando mortes grotescas eram tão rotineiras quanto demonstrações da promiscuidade dos personagens. Nos últimos anos, a produção passou a dosar esse tipo de conteúdo com mais cautela, mas, como se nota no episódio desta semana, esses ainda são elementos importantes para o universo criado por George R.R. Martin.