O cantor Gilberto Gil cancelou um show que iria realizar em 4 de julho em Israel ao considerar que o país atravessa “um momento delicado”, após as dezenas de mortes nos protestos ocorridos na fronteira com Gaza durante as últimas semanas.
“O sentimento geral de todos é o de apreensão, porque Israel está atravessando um momento delicado”, expressou a produtora musical Arbel, responsável pelo evento, em nome da banda. “Esperamos a compreensão, já que este assunto também é delicado para nós. Amamos Israel e sempre nos sentimos muito amparados. Sem dúvida, haverá outras oportunidades e esperamos por tempos melhores”, acrescenta a breve mensagem.
Além do artista baiano, outras personalidades do mundo da cultura manifestaram recentemente a rejeição a Israel pela ocupação dos territórios palestinos. Um dos mais famosos foi o caso da atriz americana Natalie Portman, que se recusou em abril a receber o prestigiado prêmio Gêneses, que é entregue no mês que vem, porque “os recentes fatos” produziram “grande angústia” e não poderia visitar o país “com a consciência tranquila”.
Paul McCartney, agraciado com o prêmio Wolf de Música, também disse recentemente que não o receberá no dia 31, mas se referiu a problemas de agenda e, segundo as normas do prêmio, poderá recebê-lo se comparecer nas duas próximas convocações.
Em 2015, Gil atuou em Tel-Aviv acompanhado de Caetano Veloso. Durante a viagem, visitaram com ONGs locais os territórios palestinos e Veloso anunciou após retornar ao seu país que não voltaria a tocar lá, diferentemente de Gil.