Gilberto Gil disponibilizou nesta sexta-feira seu novo disco OK OK OK, com streaming pelo Apple Music. O álbum é o primeiro de inéditas desde Fé na Festa (2010) e traz em suas letras reflexões sobre família e política, mas principalmente sobre o peso da idade e dos problemas de saúde sofridos pelo cantor nos últimos anos.
“Já sinto aqui no meu peito/ Alguns sinais de defeito/ Coração, pulmões e afins/ Velhice/ Cálculos, calos, calvície/ Hora de chamar o vice/ Para assumir o poder”, diz um trecho da faixa Jacintho, uma homenagem a Jacintho Honório, mas também uma clara análise da chegada dos anos sobre o próprio cantor.
Gil até faz poesia com a internação ocorrida em 2016, quando foi diagnosticado com hipertensão e insuficiência renal, e passou por uma biópsia do coração. “Ela mandou arrancar quatro pedacinhos do meu coração/ Depois mandou examinar os quatro pedacinhos/ Um para saber se eu sinto medo/ Um para saber se eu sinto dor/ Um para saber os meus segredos/ Um para saber se eu sinto amor”, canta Gil na música Quatro Pedacinhos.
Ainda na onda “compondo no hospital”, o médico Roberto Kalil ganhou uma canção em sua homenagem, batizada justamente de Kalil: “Cardiologista de mão cheia/ Pega artéria, solta veia/ Volta e meia faz o morto ficar são”.
Para divulgar o disco, três videoclipes serão lançados nas próximas semanas. O primeiro vídeo, da música que dá nome ao álbum, foi divulgado no último mês. Confira: