Acusado de abusar da ex-assistente de produção Mimi Haleyi e por estuprar a atriz Jessica Mann, o produtor de cinema americano Harvey Weinstein foi condenado a 25 anos de prisão, nesta segunda-feira, 24. Os casos aconteceram, respectivamente, em 2006 e 2013. O cineasta de 67 anos passará os próximos 25 anos na cadeia. Weinstein, no entanto, escapou da acusação mais severa contra ele, a de comportamento sexual predatório – que poderia culminar em uma prisão perpétua. Ele é acusado por mais de 80 mulheres por episódios de conduta sexual inapropriada. Ele nega as acusações e diz que as relações foram consensuais.
“O homem sentado ali não é apenas um titã de Hollywood, é um estuprador”, argumentou a procuradora de Manhattan, Meghan Hast. O júri demorou cinco dias para chegar a uma conclusão sobre o caso. A corte era composta por sete homens e cinco mulheres. O produtor apresentou três moções apresentadas por Harvey Weinstein, na tentativa de adiar sua realização. O ex-produtor pede que o tribunal de apelações do Estado de Nova York adie seu julgamento de estupro e o transfira para outra corte nova-iorquina. Em outubro, o ex-produtor havia pedido ao mesmo tribunal que mudasse o local do julgamento, pois a atenção da mídia em Manhattan o impediria de obter um julgamento justo. O pedido foi negado veemente.
Um dos advogados de Weinstein, Arthur Aidala, não especificou a razão de seu desejo para a mudança de local ou adiamento do julgamento. O procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr., que está à frente do caso, ainda não comentou sobre o pedido do réu. Dois dias depois de começar o julgamento, Weinstein apresentou uma segunda moção pedindo que o juiz James Burke se afastasse do caso dizendo que ele não tinha neutralidade para julgar o caso, mas ele negou o requerimento.
Harvey Weinstein é conhecido por grandes sucessos do cinema americano, como o clássico Shakespeare Apaxonado.
(Com Reuters e AFP)