Imprensa internacional destaca morte de João Gilberto: ‘luz da Bossa Nova’
Cantor e compositor que revolucionou o cenário da música no Brasil morreu aos 88 anos no Rio de Janeiro
A morte do cantor e compositor João Gilberto foi notícia em todo o mundo neste sábado, 6. Para o jornal The New York Times, o músico foi a “luz principal” da Bossa Nova.
“Gilberto, no fim dos seus 20 anos, se tornou o maior difusor das canções harmonicamente e ritmicamente complexas e liricamente sutis da Bossa Nova”, afirmou o jornal americano.
O cantor e compositor baiano morreu nesta sábado, 6, aos 88 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. Ele sofria com problemas de saúde há algum tempo, mas sua família não divulgou a causa da morte.
O francês Le Monde chamou o músico de “gênio”. “João Gilberto inventou a bossa nova, um gênero que nos acompanha há seis décadas e continua a se renovar”, afirma a reportagem.
Le chanteur brésilien Joao Gilberto, inventeur de la bossa nova, est mort à 88 ans https://t.co/PDHwRZeJGb
— Le Monde (@lemondefr) July 6, 2019
“O brilhante intérprete raramente compunha, mas se apropriava de tudo que passava, vestindo as músicas dessa batida rítmica muito particular, desses sussurros sensuais”, completa o Le Monde.
Já o argentino Clarín definiu o cantor e compositor como “o artista que redefiniu a música do Brasil, criando uma cadência que se tornou o símbolo de todo um país”.
“O tom de sua voz e uma relação harmoniosa e precisa com o violão criaram uma identidade que mudou a música do Brasil”, disse ainda o jornal.
O britânico The Guardian e o espanhol El País se referiram ao cantor brasileiro como o “Pai da Bossa Nova”.
“Ele gostava de se apresentar sozinho, de terno e gravata, com apenas um banquinho e a guitarra que ele abraçava com doçura”, descreveu o El País.
“Ao longo de sua carreira, ele ganhou dois prêmios Grammy e foi indicado para seis”, destacou o jornal americano The Washington Post.
Chamado de “o último gênio da bossa nova” pelo jornal italiano Corriere Della Siera, João Gilberto também é apontado como “responsável por uma revolução na maneira de cantar e tocar violão que mudou tudo na música brasileira”.
“O lançamento do seu álbum Chega de Saudade no final dos anos 50 foi considerado um divisor de águas para a música brasileira”, resumiu a emissora britânica BBC.