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Investigação revela possível fonte de munição que matou diretora de ‘Rust’

Documento divulgado na terça-feira indica que balas podem ter vindo de fornecedor de armas que utilizou projéteis reais em filme anterior

Por Amanda Capuano Atualizado em 1 dez 2021, 11h25 - Publicado em 1 dez 2021, 11h12
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  • Uma investigação divulgada nessa terça-feira, 30, sobre o tiro acidental que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins no set de Rust, em 22 de outubro, revelou, enfim, como munições reais foram parar nos sets de filmagem. Em novo depoimento, um detetive do condado de Santa Fé contou que foi informado pela armeira Hannah Gutierrez Reed que a munição foi comprada de Seth Kenney da empresa PDQ Arm & Prop, que havia trabalhado com balas reais em um projeto anterior.

    Em uma declaração à parte, o pai de Hannah, Thell Reed, armeiro de longa data em Hollywood, relatou ao detetive que ele havia trabalhado com Kenney entre agosto e setembro em uma produção onde havia treinamento com munições reais, usadas pelos atores em um stand de tiros. Segundo o depoimento, na ocasião, Kenney pediu a Thell Reed que levasse mais balas para o set, para que eles não corressem o risco de ficar sem munição. Thell, então, levou para o local uma lata contendo entre 200 e 300 cartuchos de “munição real”, que acabaram não sendo usadas. Com o encerramento das gravações, Reed alega ter tentado pegar a munição de volta, mas Kenney se recusou a devolve-las. Ele agora alega que as balas podem coincidir com aquelas encontradas no set de Rust, o que gerou um mandado de busca na empresa.

    “A questão sobre quem introduziu as munições reais no set e o porquê disso são centrais no caso. O mandado de hoje é um grande passo para responder a essas perguntas”, disse um advogado que representa a armeira Gutierrez Reed em um comunicado ao site The Hollywood Reporter.

    Em uma entrevista poucos dias após o disparo, Kenney disse a um detetive que geralmente usa um fabricante chamado Starline Brass como munição. Dois dias depois, porém, voltou atrás e disse ter recebido “munição recarregada” — uma espécie de bala montada a partir de pedaços de munição — de um amigo dois anos antes. “Ele descreveu como a empresa vende apenas componentes de munição, e não munição real, portanto, tinha que ser uma munição recarregada”, observa o mandado. Em depoimentos do passado, Kenney já havia sido apontado como um dos fornecedores de munição para a gravação, mas outras fontes também apareciam descritas. Agora, o nome dele ganha foco nas investigações.

    No mesmo depoimento, Hanna Gutierrez-Reed assumiu que “não verificou muito bem” a arma antes dela ser usada porque ela havia ficado guardada em um cofre durante o almoço. Segundo a armeira, ela carregou a Colt .45 com cinco balas falsas antes do almoço, e mais uma foi adicionada no retorno à gravação, quando a arma foi entregue a outro membro da equipe. Logo depois, ela escutou um tiro no set. “Estávamos com a arma o tempo todo antes disso, e a munição não estava lá, e eles nem deveriam puxar o gatilho”, explicou.

    Além da investigação oficinal, alguns funcionários também moveram ações contra Alec Baldwin, Hannah Gutierrez-Reed, o assistente de direção Dave Halls e uma série de outros produtores do longa-metragem por negligência e falta de segurança no set.

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