O escritor brasileiro João Carlos Marinho, conhecido pelo clássico juvenil O Gênio do Crime, morreu no último domingo 17 em São Paulo, aos 83 anos. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiore, na Mooca, há cerca de um mês para se recuperar de uma infecção.
A notícia foi confirmada pelo filho, o músico Beto Furquim, por meio do Twitter. “Com muita tristeza e perplexidade, comunicamos que nosso querido pai João Carlos Marinho morreu neste domingo”, escreveu Furquim, informando que o corpo será velado no Araçá. O sepultamento será no cemitério da Consolação, às 16h desta segunda-feira, 18.
João Carlos Marinho nasceu no Rio de Janeiro no dia 25 de setembro de 1935 e passou a juventude entre as cidades de Santos, São Paulo e Lausanne, na Suíça, retornando à capital paulista para se formar em Direito e, depois, seguir a carreira de escritor. Seu livro mais célebre foi O Gênio do Crime, que acabou de completar 50 anos — foi lançado em fevereiro de 1969. A obra teve mais de sessenta edições e apresentou ao público infanto-juvenil a “turma do gordo”, formada por Edmundo, Pituca, Bolachão e Berenice. Nessa primeira aventura, as crianças investigam um criminoso que comanda uma fábrica clandestina de figurinhas para produzir as peças mais raras da coleção, quebrando os negócios do bondoso Teu Tomé.
Em 1982, Marinho ganhou o Prêmio Jabuti pelo romance Sangue Fresco, que trouxe de volta a turma para uma aventura na Amazônia, envolvendo um esquema criminoso que sequestrava crianças bem-nutridas de escolas ricas para exportar seu sangue. O autor ainda foi reconhecido com o prêmio Mercedes-Benz pelo livro Berenice Detetive. Em 1973, O Gênio do Crime foi adaptado para os cinemas num filme chamado O Detetive Bolacha Contra O Gênio do Crime, dirigido por Tito Teijido.