Juiz mantém caso Weinstein e marca pré-julgamento para março
Produtor é acusado de estuprar uma mulher em 2013 e de praticar sexo oral forçado em outra vítima em 2006
O caso Harvey Weinstein ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira. Durante uma audiência em Nova York, o juiz James Burke decidiu não retirar as queixas contra o réu, acusado de estuprar uma mulher em um quarto de hotel em Nova York em 2013 e de praticar sexo oral forçado em outra vítima em seu apartamento de Manhattan em 2006. O produtor irá a pré-julgamento no dia 7 de março, quando o juiz avaliará se há evidências o suficiente para que o caso seja levado a julgamento.
A defesa de Weinstein pedia que o caso não fosse levado adiante alegando que um investigador da polícia havia dado instruções indevidas a uma possível testemunha e uma das acusadoras. “Obviamente estamos desapontados que o tribunal não rejeitou as acusações, mas o juiz Burke tomou sua decisão e nós vamos continuar a defender esse caso vigorosamente”, afirmou Ben Brafman, advogado de Weinstein, à imprensa na saída do local.
Weinstein foi acusado de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres. Alguns casos, porém, prescreveram, enquanto outros não foram formalmente denunciados à polícia. O produtor continua sendo alvo de novas acusações – no último dia 15, uma aspirante a atriz, que não foi identificada, denunciou o americano afirmando ter sido vítima de agressão e violência sexual durante o Festival de Cinema de Sundance em 2013.
Em outubro, Weinstein conseguiu se livrar de uma das seis acusações iniciais por crimes sexuais que pesam contra ele, depois que os promotores decidiram deixar de lado as acusações de uma mulher por inconsistências em seus depoimentos. Esta foi a única vitória judicial do produtor desde que foi preso e libertado pela polícia de Nova York mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de dólares, em maio deste ano.
(Com EFE)