O procurador Eric Schneiderman, do Estado de Nova York, abriu uma investigação para determinar se a Weinstein Company, empresa de Harvey Weinstein, poderá ser processada por discriminação sexual e outras violações da lei, informou o jornal New York Times nesta segunda-feira.
O Ministério Público teria exigido à empresa que enviasse os arquivos pessoais de seus funcionários; seus critérios de contratação, promoção e demissão; as denúncias formais e informais de assédio sexual e outras formas de discriminação que tenha recebido; e como essas denúncias foram manejadas.
A Weinstein Company está no centro do escândalo de abuso sexual que provocou a queda do mais famoso produtor de Hollywood. Mais de quarenta atrizes e modelos acusam Weinstein, de 65 anos, de assédio, agressão sexual e até estupro. O produtor nega as acusações.
Algumas mulheres asseguraram que a direção da empresa sabia do comportamento do produtor, e que certos funcionários eram cúmplices ao organizar encontros com mulheres que costumava assediar ou agredir sexualmente. No entanto, cerca de 30 funcionários da empresa publicaram uma carta na quinta-feira em que se defenderam, assegurando que não sabiam de nada sobre os abusos.
Desde a revelação do escândalo, o futuro da empresa é incerto. Nesta segunda-feira, recebeu dinheiro do fundo de investimento Colony Capital e iniciou negociações sobre uma possível aquisição.