Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma

Katy Perry cai no velho pop enlatado com novo disco ‘Smile’

Um dia após se tornar mãe pela primeira vez, cantora lança álbum de tom melancólico e poucas inovações, mas temas bastante relevantes

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 ago 2020, 15h44

A semana não poderia ser mais emocionante para Katy Perry. Um dia depois de dar à luz sua primeira filha, Daisy Dove Bloom, na quinta-feira, 27, fruto do relacionamento com o ator Orlando Bloom, nasceu, nesta sexta, seu sexto álbum de estúdio, Smile. A colorida cantora, que gosta de ousar em figurinos e músicas pop dançantes, apresenta neste novo trabalho uma versão sua mais íntima e emotiva, e levemente menos espalhafatosa, apesar do figurino de palhaço triste na capa. O clima do disco, porém, é mais do mesmo: um pop enlatado, sem faixas arrebatadoras, que segue o piloto automático engatado pela cantora nos últimos anos. 

Com o nascimento da filha, talvez Katy ainda não tenha tido tempo para ler o que a crítica estrangeira achou do novo álbum. Se leu, talvez tenha ficado um pouquinho menos feliz. O site especializado Pitchfork, por exemplo, afirmou que o álbum é “cheio de clichês” e “inadequado para uma vida em pandemia”. A revista Entertainment Weekly também não economizou na paulada e afirmou que Katy soa repetitiva. “Uma estrela comprometida em permanecer agradavelmente, fundamentalmente inalterada – e esse pode ser o único pecado mortal que a música pop não pode perdoar”. Pesado.

De fato, ao contrário dos lançamentos anteriores de Katy, o novo disco não conta com nenhuma música com a força de California Gurls, de Teenage Dream (2010), ou Roar, de Prism (2013). Saem também os hits divertidos e com um tempero sensual e entra a melancolia — uma contradição proposital ao título Smile (sorria, em português). 

O disco pode até não ser o melhor trabalho da cantora, mas possui méritos, especialmente no que diz respeito aos temas tratados por ela. É o caso de Never Really Over, faixa que abre o disco, divulgada em 2019, e que fala sobre saúde mental. Autocuidado e resiliência surgem nas faixas Not The End of The World e Resilient. Depois de passear por todos esses assuntos e, eventualmente chorar pelo caminho, Katy encerra com What Makes a Woman, uma balada em que ela clama por band-aids para o coração.

Continua após a publicidade

A melhor canção do disco encosta na nova experiência da maternidade. Intitulada Daisies (margaridas), plural do nome de sua filha, a música fala sobre aceitação feminina e suas fases. Nela, Katy canta que sempre foi chamada de doida, mas que não vai mudar nem se estiver coberta de margaridas.

A levada tranquila, sem sobressaltos, se mantém até o final do disco. No mesmo ano em que saíram novos trabalhos de Lady Gaga, Taylor Swift e Beyoncé — e em plena pandemia —, todas em momentos de virada da carreira, Katy Perry se mostra presa à zona de conforto. Talento para dar a volta por cima ela tem. Que após a melancolia, Katy encontre uma nova fase para voltar a brilhar. Todos aguardam.  

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.