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Lázaro Ramos reconstrói frase “Coisa de preto”: “Racismo é crime”

A expressão, dita por William Waack em um vídeo de bastidores que vazou nesta semana na internet, levou ao afastamento do jornalista

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h43 - Publicado em 10 nov 2017, 10h36
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  • Lázaro Ramos e William Waack
    Lázaro Ramos e William Waack (João Miguel Júnior e Zé Paulo Cardeal/TV Globo)

    O ator Lázaro Ramos, conhecido por sua firme posição a favor da igualdade racial, fez uma publicação no Instagram no início da madrugada desta sexta-feira, na esteira do escândalo que levou ao afastamento do jornalista William Waack da bancada do Jornal da Globo. Em vídeo vazado por dois integrantes do movimento negro, um deles um ex-cinegrafista da Globo que teria testemunhado a cena ao vivo, por meio de um televisor na rede interna da emissora, Waack reclama de uma buzina da rua que ressoa no estúdio e diz, em tom de piada, “É coisa de preto”.

    É exatamente com essa frase, que desconstrói com ajuda de um texto de Johnatan Oliveira Raimundo, que Lázaro Ramos inicia o post, que termina de forma taxativa e com uma colocação de próprio punho: “Racismo é crime e ponto final”.

    “Coisa de Preto é a bruxaria contida num conto de Machado de Assis. Um samba escrito pela caneta de Mauro Diniz. Coisa de preto é a poesia de Cartola. Os dedos a bailar sobre o violão de Paulinho da Viola. Ah, só podia ser preto — Romário, Imperador, Ronaldinho. Responder ao racismo com Lamentos em forma de chorinho. Pixinguinha, preto rei, rei dessa coisa escura. Renato Gama autodidata senhor da soltura. Coisa de preto é manter-se grande diante de quem mata. É se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata. Coisa de preto é viver com alegria”, diz o texto de Johnatan Oliveira Raimundo citado pelo astro da série Mister Brown.

    “Inventar a matemática, arquitetura, medicina, agricultura e filosofia. Ser parte da primeira civilização. Ser senhor do Blues, do Samba, do Reggae, do Pop, Soul, do Jazz. É manter amor à Terra diante de um povo que a desdenha pelo céu. Coisa de preta é Jovelina partideira. Milton, Djavan, Tim, Alcione e Candeia. Veja a noite Yurugu, fique atento. É preta a senhora dona do vento. Veja, estejas pronto e ouvindo.” Jonathan Oliveira Raymundo. E eu completo aqui: é tudo isso é muito mais. E pra você, o que é? E só pra não esquecer: racismo é crime e ponto final.”

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    #coisadepreto Trechos do Texto de johnatan Oliveira Raimundo. "Coisa de Preto é a bruxaria contida num conto de Machado de Assis. Um samba escrito pela caneta de Mauro Diniz. Coisa de preto é a poesia de Cartola. Os dedos a bailar sobre o violão de Paulinho da Viola. Ah, só podia ser preto – Romário, Imperador, Ronaldinho. Responder ao racismo com Lamentos em forma de chorinho. Pixinguinha, preto rei, rei dessa coisa escura. Renato Gama autodidata senhor da soltura. Coisa de preto é manter-se grande diante de quem mata. É se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata. Coisa de preto é viver com alegria. Inventar a matemática, arquitetura, medicina, agricultura e filosofia. Ser parte da primeira civilização. Ser senhor do Blues, do Samba, do Reggae, do Pop, Soul, do Jazz." " é manter amor a Terra diante de um povo que a desdenha pelo céu. Coisa de preta é Jovelina partideira. Milton, Djavan, Tim, Alcione e Candeia. Veja a noite Yurugu, fique atento. É preta a senhora dona do vento. Veja, estejas pronto e ouvindo." Jonathan Oliveira Raymundo E eu completo aqui: é tudo isso e muito mais. E pra vc o que É? E só pra não esquecer: Racismo é crime e ponto final.

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