Assim como muitos brasileiros, os planos para 2020 de Luan Santana foram drasticamente modificados. A agenda lotada de shows acabou adiada e substituída pelas populares lives — na primeira, o sertanejo fez um show online ecumênico, com a participação do padre Fábio de Mello e dos pastores André Valadão e Deive Leonardo; na segunda, uma apresentação intimista no jardim de sua casa. Um sonho previsto para o fim do ano também precisou ser adaptado. Santana planejava se casar com a namorada Jade Magalhães, com quem está junto há treze anos, na Itália — um dos países mais afetados pelo coronavírus. Agora, o casal deve realizar uma cerimônia intimista. Para os demais enamorados, o cantor prevê uma terceira live do Dia dos Namorados, em 13 de junho.
A VEJA, o sertanejo falou sobre o casório, a nova onda das lives e porque optou por destoar dos demais sertanejos, que ostentam apresentações regadas a álcool. Confira:
Há uma diferença das lives brasileiras para as estrangeiras. Lá fora, elas são mais sóbrias e sérias. Por aqui, é tudo muito festivo, com apresentações regadas a muito álcool. Como vê essa diferença? Eu fiz duas lives. A primeira foi ecumênica, com o padre Fábio de Mello e os pastores André Valadão e Deive Leonardo. Logo no começo da pandemia, estávamos confusos e não sabíamos o que seria disso tudo. Naquele momento, quis passar uma mensagem positiva e de paz. Logo depois, fizemos a segunda, agora, sim, foi musical, aqui no jardim de casa. A música tem um papel importante na história da humanidade, ela é capaz de trazer uma sensação de acalanto muito importante. Se pudermos ter os dois tipos de lives, a intimista e a festeira, melhor. Eu, por exemplo, tenho assistido a lives de colegas, adorei a alegria da Ivete Sangalo e também a de Sandy & Junior. Acho que live tem que ser assim mesmo, mostrar a pessoa como ela realmente é. Se for para ver tudo certinho, é só botar um DVD do show ao vivo ou assistir no YouTube.
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Clique e AssineSendo um artista acostumado com a rotina da estrada, como imagina o futuro das lives, que se mostraram tão eficazes neste período de quarentena? Estamos vivendo um período de novas experiências. Acredito que as lives vão continuar mesmo depois que tudo voltar ao normal. Elas vão funcionar como um extra. Nunca abandonaremos os shows físicos porque temos essa necessidade de sair de casa, de ir para a frente do palco, de beber com os amigos. O brasileiro gosta dessa proximidade. Sem falar que as lives ressaltaram a responsabilidade social do artista. Foram 400 toneladas de alimentos arrecadadas na minha segunda live. A música é algo divino. É uma dádiva. Um presente de Deus. Essa grande quantidade de doações é o que me emociona mais. A música pode mudar a vida de alguém.
Para além de uma causa nobre, sua live deu aos fãs uma alegria a mais: a chance de fazer piadas e memes com seu bigode. Vai mantê-lo? Ainda estou de bigode! Vou cultivá-lo por muito tempo. Achei que ficou massa. Eu vi os memes e achei divertido. A primeira vez que usei bigode foi para uma campanha publicitária. Guardei as fotos para ver se me acostumava com a ideia. Eu já estava com isso na cabeça. Daí veio a live e resolvi inovar o visual. A Jade aprovou. Se ela aprovou, está tudo certo.
Aliás, seu casamento com a Jade estava previsto para o fim do ano, na Itália. A pandemia atrasou os planos? Não adiamos o casamento porque ainda não temos nada marcado. Adiamos o planejamento do casamento. Se não tivesse a pandemia, nesse momento, nós já teríamos algumas coisas mais concretas para falar. Temos um monte de ideias. Pensamos na Itália, vimos um lugar por lá, mas não sei se seria lá mesmo. É muito difícil levar as pessoas para o exterior. Não sei como vai ser agora. Acho que vamos fazer algo pequenininho, mais íntimo.
Além das apresentações ao vivo, como fã de futebol, provavelmente está sentindo falta dos campeonatos. Estou sentindo falta, de verdade. Gosto de assistir também futebol internacional, do PSG e do Barcelona. Faz muita falta para a gente. Esses dias eu vi um jogo do PSG sem torcida. Nossa, que coisa sem graça, sem calor. Precisamos sair dessa urgentemente.
Recentemente você recebeu em casa um presente do Cristiano Ronaldo. São amigos? Nos falamos pelo Instagram. Ele me mandou uma caixa com roupas, perfumes e outros produtos da marca dele. Foi uma emoção porque ele é um grande ídolo. Admiro o jeito que ele tem de se comportar, a disciplina, os projetos sociais, a família. O conheci pessoalmente quando fui a Turim, na Itália, assistir a um jogo do Juventus. Tiramos fotos e trocamos contatos. A mãe e a irmã dele gostam muito das músicas brasileiras.
O que Luan Santana conversa com Cristiano Ronaldo? O que sai dessa troca de mensagens? Conversamos coisas normais. Agora estamos nos falando sobre saúde. Digo para ele ficar bem, que se cuide. E ele me diz a mesma coisa.
Outro famoso com quem trocou mensagens foi o DJ Steve Aoki. Planejam uma parceria? Gosto muito do trabalho dele. Gostaria sim de uma parceria, mas não temos nada combinado. Imagino que uma música nossa teria uma vibe romântica, bem jovem, e eletrônica. Não sei, não sei. Vamos ver.
Qual música do seu repertório acha que é a ideal para se ouvir nessa quarentena? Seria a música Te Vivo. Na letra, eu canto que “a gente não precisa estar colado para estar junto”. Estamos todos separados e juntos ao mesmo tempo. O amor está vivo e tudo vai passar.