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Melhores restaurantes de comida regional de Recife

Confira os endereços da categoria que valem a visita; mais boa opção restaurante brasileiro

Por Da Redação Atualizado em 3 set 2017, 20h49 - Publicado em 26 ago 2017, 04h00

O roteiro a seguir, com onze estabelecimentos, integra a edição digital de VEJA COMER & BEBER RECIFE 2017/2018:

 

Oficina do Sabor – eleita a melhor comida regional pelo júri

Uma tonelada de jerimum. Eis a quantidade do ingrediente que o chef César Santos costuma utilizar todos os meses em seu restaurante aos pés da Igreja Nossa Senhora do Amparo, em Olinda. Especialidade da casa, ele é servido inteiro com dezessete variedades de recheio, sempre para duas pessoas. No topo do ranking de pedidos figura o que leva camarão e lagostim ao molho de maracujá (R$ 179,00), seguido de perto pelo de charque ao coco (R$ 89,00). Ambos são finalizados com requeijão e entregues ao lado de arroz. Torce o nariz para o fruto? O cardápio lista dezenas de outras receitas, também para duas pessoas, como baião de dois com camarão, lagostim, peixe e polvo puxados no leite de coco (R$ 194,00) e moqueca de peixe, camarão, frutas e verduras (R$ 152,00). Para petiscar, uma pedida sem erro são as tiras de carne de sol aceboladas com macaxeira frita (R$ 48,00), boa companhia para a caipifruta, união de vodca, gelo e quatro tipos de fruta (R$ 26,00, com vodca importada). Vale guardar espaço para provar a ótima sobremesa batizada de baba de moça com quero mais neguinho, junção de doce de coco-verde, sorvete de tapioca, cocada preta e bolinhos de goma (R$ 24,00).

Rua do Amparo, 335, Amparo, Olinda, 3429-3331 (120 lugares). 11h30/16h e 18h/0h (sex. e sáb. sem intervalo até 1h; dom. só almoço até 17h; fecha seg.). Aberto em 1992. $$$

2º Lugar – Seu Luna

Os irmãos Ronaldo e Cláudia Luna dão continuidade ao trabalho iniciado pelo pai, seu Luna, há quase trinta anos. Ali são levadas à mesa receitas fartas, que servem de três a quatro pessoas, como o sarapatel com vinagrete e farinha de mandioca (R$ 39,00) e a buchada de bode com pirão e arroz (R$ 73,90) — se for o gosto do cliente, esse último pode vir com a cabeça (o preço sobe para R$ 81,00). Outra pedida, a galinha à cabidela chega com arroz, feijão-mulatinho e vinagrete (R$ 61,00).

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Avenida Saldanha Marinho, 645, Ipsep, 3339- 0012 (130 lugares). 11h/16h (sex. a dom. até 17h; fecha seg.). Aberto em 1988. $

 

3º Lugar – Tio Pepe

Acomodado no casarão vermelho ou no quintal arborizado, o público saboreia casquinha de caranguejo (R$ 6,50 a unidade) e porção de bolinho de macaxeira recheado de charque (R$ 35,00, oito unidades). Em seguida, começam a chegar os pratos principais. Recém -incorporado ao cardápio, o camarão na moranga inclui dois acompanhamentos (arroz e farofa de jerimum, por exemplo). Custa R$ 96,00 e alimenta até três pessoas. O doce pernambucaníssimo, com duas fatias de bolo de rolo quentinhas ladeadas por sorvete de creme e cobertas por calda de goiaba, custa R$ 20,80.

Rua Almirante Tamandaré, 170, Boa Viagem, 3341-7153 (280 lugares). 11h30/23h30 (dom. até 16h; fecha seg.). Aberto em 1964. $

 

Bode do Nô

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As quatro casas são pilotadas por Evangelista Severino de Lima, o Nô, e sua família. Na espera pelo prato principal, distraem o paladar a coxinha de massa de batata-doce recheada de bode desfiado (R$ 10,00 a unidade), que só está no cardápio da unidade de Boa Viagem, e a carne de sol na nata (R$ 74,00). Suficiente para três, o bode na chapa é guarnecido de cebola refogada, queijo de coalho, arroz, feijão e macaxeira frita (R$ 84,00). Têm a mesma medida a peixada pernambucana, em que as postas de arabaiana são mergulhadas em caldo de frutos do mar e juntam-se a pirão e arroz (R$ 97,90), e a buchada de bode com legumes e arroz branco (R$ 53,00), receita executada há mais de 25 anos pela mulher de Nô, Maria Gomes.

Avenida São Miguel, 1401, Afogados, 3428-8889 (500 pessoas). 11h/1h. Avenida Ministro Marcos Freire, 407, Bairro Novo, Olinda, 3429-8813 (650 pessoas). 11h/1h. Mais dois endere ços. Aberto em 1992. $

 

Casa de Noca

Há 38 anos, todo dia é sempre igual: este restaurante no centro histórico de Olinda pratica a cozinha de uma receita só e está habituado a lidar com filas na porta. A carne de sol guarnecida de macaxeira cozida e queijo de coalho é feita na medida para dois (R$ 60,00), três (R$ 80,00) ou cinco apetites (R$ 100,00). No fim, há queijo de coalho com mel de engenho (R$ 12,00). Bebe-se Serramalte (R$ 10,00, 600 mililitros).

Rua Bertioga, 243, Carmo, Olinda, 3439-1040 (150 lugares). 11h/23h. Aberto em 1979. $

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Cozinhando Escondidinho

Enquanto o principal não vem, petisca-se escondidinho de creme de macaxeira sobre carne de sol (R$ 6,90). Para fazer a chamada tábua da salvação, que pode ser compartilhada por até três pessoas, o chef Rivandro França puxa na manteiga de garrafa — e flamba na cachaça — pedaços cozidos de macaxeira e banana-da-terra, além de queijo de coalho, calabresa, carne de sol desfiada e castanha-de-caju (R$ 24,90). Vendido nos tamanhos individual (R$ 29,90) e duplo (R$ 49,90), o pirão de queijo de coalho derramado sobre um prato de arroz com feijão-verde e carne de sol na manteiga de garrafa é, de todas as esmeradas receitas de França, o campeão de pedidos. O ponto final (e doce) fica a cargo da cocadinha mole e quente ao lado do sorvete de rapadura (R$ 8,90).

Rua Conselheiro Peretti, 70, Casa Amarela, 3048-2552 (80 lugares). 12h/16h (fecha seg. e ter.). Aberto em 2010. $

 

Carne de Sol do Cunha

Neste tradicional ponto de encontro da Zona Norte predominam as receitas fartas. Duas pessoas podem dividir o afamado arrumadinho de carne de sol em cubos mais feijão, farofa e vinagrete (R$ 32,90). Para grupos maiores, o mistão completo reúne 1,2 quilo de carne de sol e de porco mais meio galeto e três linguiças toscanas, além de pirão de queijo de coalho, paçoca, arroz, feijão-verde, macaxeira frita e vinagrete. Tudo por R$ 90,90. Entre as sobremesas, a cartola dá para duas pessoas (R$ 20,90).

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Rua Regueira Costa, 80, Rosarinho, 3241-6512 e 3427-6085/9079 (280 lugares). 11h/23h (dom. até 18h). Aberto em 1995. $

 

Parraxaxá

Carne de sol na nata, camarão na pitinga, pernil de porco assado, buchada, sarapatel, dobradinha e vatapá são apenas alguns dos 130 pratos alinhados na mesa de almoço, que tem também uma seção açucarada onde figuram, entre outras delícias, pudim de rapadura, brigadeiro de cachaça, bolo de tapioca, pamonha e mungunzá (R$ 59,90 o quilo). Durante o jantar, o preço é menor (R$ 54,90). Sempre aos domingos, só na unidade de Casa Forte e a partir das 7h, tem café da manhã com tapioca de coco, cuscuz e macaxeira cozida, entre outras receitas típicas vendidas por quilo (R$ 53,90). Em qualquer horário, é possível fazer pedidos avulsos, pelo cardápio.

Rua Igarassu, 40, Casa Forte, 3268-4169 (220 lugares). 11h30/22h (dom. 7h/22h); Avenida Fernando Simões Barbosa, 1200, Boa Viagem, 3463-7874 (320 lugares). 11h30/23h. Aberto em 1998. $$

 

Restaurante da Mira

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Quem chega é recebido com uma cortesia da casa: caldinho de feijão-mulatinho. Ainda nos aperitivos, não é rara a presença da caipirinha de limão (R$ 5,00). Enquanto isso, na cozinha, Aldemira Pereira Lima, a dona Mira, esmera-se em especialidades do tipo chambaril (R$ 50,00) e rabada (R$ 60,00) guarnecidas de legumes, pirão e arroz. As substanciosas porções satisfazem duas pessoas. Também para dividir, o frango à passarinho acompanha feijão-preto e arroz (R$ 50,00).

Avenida Doutor Eurico Chaves, 916, Casa Amarela, 3268-6241 (80 lugares). 12h/18h (fecha seg. e ter.). Aberto em 1978. $

 

Restaurante do Geraldo

Neste endereço, muito procurado para atender ao desejo por um prato de comida bem caseiro, o bode guisado e a rabada são guarnecidos de arroz, farofa, salada e pirão. À feijoada, juntam-se também arroz, farofa e salada, só que acrescidos de uma fruta (abacaxi ou laranja). A omelete pode ser de camarão, bacalhau ou charque, entre outros sabores. Todos os pedidos têm o mesmo preço: a versão individual custa R$ 25,00; a dupla, R$ 45,00. A cerveja Heineken (R$ 13,00, 600 mililitros) e a dose de cachaça Pitú (R$ 9,00) figuram na lista básica de bebidas.

Rua da Piedade, 107, Santo Amaro, 3231-4177 (64 lugares). 11h/17h (fecha dom.). Aberto em 1978. $$

 

Royal

Funciona desde 1944 e, à parte a nostalgia de um tempo de efervescência, quando ali se reuniam artistas, políticos e intelectuais, continua a oferecer receitas tradicionais em porções generosas. O assado de alcatra ao molho de cebola e manteiga e o lombinho de porco frito alimentam duas pessoas. Cada um custa R$ 22,00, o que inclui, de acompanhamento, feijão, arroz, purê de macaxeira e farofa de cuscuz (ou salada de legumes). As long neck de Heineken (R$ 10,00) e Itaipava Premium (R$ 6,00) estão sempre geladas. Para adoçar, há bolo de rolo com creme de queijo e geleia de fruta da época (R$ 12,00).

Rua Mariz e Barros, 181, Bairro do Recife, 3033- 6996 (36 lugares). 10h/20h (fecha sáb. e dom.). Aberto em 1944. $

 

BRASILEIRO

Altar, Cozinha Ancestral

Carmem Virgínia dos Santos continua a praticar com esmero a cozinha de terreiro. Em novo endereço desde o início de 2017, o restaurante permanece “escondido” no casario residencial de Santo Amaro. Só que está mais espaçoso e arejado. Não há placas para indicar o local, então a dica é perguntar aos vizinhos ou orientar-se pelo aroma da comida. Caldinhos de feijão (R$ 6,00) e de marisco (R$ 7,00) precedem a porção de camarões refogados em azeite de dendê, junto de pedaços de batata-doce e de banana-da-terra (R$ 29,90). O cremoso arroz à moda de Dorival Caymmi leva lula, polvo, marisco, sururu e camarões (R$ 36,80). Receita de família, a galinha à cabidela tem como guarnição batata-doce na manteiga e alecrim, farofa bolão e fava. A versão individual custa R$ 29,70. Para quatro pessoas, vai a R$ 99,80. A expedição ao cardápio de matriz africana termina em bolinho de tapioca e coco frito com calda de brigadeiro, açúcar e canela (R$ 18,50, quatro unidades). Durante a semana, pagam-se R$ 29,90 pelo almoço executivo. O valor inclui entrada, sobremesa e principal, a exemplo do peixe à inajá (pescada-amarela em molho de leite de coco, bolinho de feijão e acaçá recheado de queijo de coalho).

Rua Frei Cassimiro, 449, Santo Amaro, 3090- 7983 (70 lugares). 12h/17h (sex. e sáb. até 22h; fecha seg.). Aberto em 2014. $

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