A fotógrafa Vania Toledo morreu nesta quinta-feira, 16, aos 75 anos, em São Paulo. A informação foi divulgada por sua irmã Maria Goretti e pelo filho Juliano. Vania estava internada na Santa Casa da cidade e teve complicações de uma infeção urinária, septicemia e arritmia cardíaca. No Facebook, Juliano postou uma mensagem de despedida. “É com muita dor, mas muita dor que venho comunicar o falecimento da minha mãezinha querida. Assim que souber detalhes do velório e da cerimônia de cremação, eu posto aqui. Voaaa mamãe!!! Te amo infinito!!!”.
Nascida em 1945, em Paracatu, Minas Gerais, Vania mudou-se para São Paulo em 1961 para estudar Ciências Sociais na USP. Começou na fotografia de forma amadora e tornou-se uma das fotógrafas mais conhecidas da noite paulistana e de artistas como As Frenéticas, Cazuza, Ney Matogrosso, Clodovil, Fernanda Montenegro e, recentemente, da Laerte. A profissional costumava dizer que a fotografia era o “retrato da alma”.
A fotógrafa fez trabalhos para diversos veículos de comunicação brasileiras – além de VEJA, clicou para Vogue, Interview, Claudia e outras publicações nacionais, além de estrangeiras como Time e Life. Ela ganhou notoriedade nos anos 1980, quando abriu seu próprio estúdio de fotografia e conseguiu retratar com muito bom gosto e elegância diversos artistas brasileiros, em ensaios que exploravam de forma marcante elementos como o minimalismo, o preto e branco e os nus.
Há mais de 20 anos, Vania tinha dificuldade de locomoção devido às sequelas de um atropelamento na Rua Augusta, em São Paulo – acidente que quase a matou. Recuperada, a fotógrafa largou o estúdio, pois ele ficava longe de sua casa. Quando precisava fotografar alguém, convidava a pessoa a ir até sua residência, onde tinha montado um pequeno espaço para fotos.