“Não podemos ser complacentes”, diz Charlize Theron
A atriz de 44 anos falou sobre 'The Old Guard' e a luta feminina por espaço em Hollywood
A atriz Charlize Theron, de 44 anos, falou ao repórter Felipe Branco Cruz sobre The Old Guard e a luta feminina por espaço em Hollywood:
The Old Guard soma mais um filme de ação ao currículo de quem já fez Mad Max e Atômica. Como escolhe seus personagens? Escolho pensando naquilo que me toca nos roteiros. O mais importante é fazer histórias que merecem ser contadas, e às quais valha a pena dedicar minha energia. Mas, sim, gosto de roteiros com bastante ação física. Não me assusto com isso.
Teve algum treinamento em artes marciais? Minha personagem é imortal e viveu por tanto tempo que virou especialista em todos os tipos de artes marciais. Por isso, tentamos abraçar o maior número possível de estilos de lutas. Fiz treinamento de muitas delas.
Hollywood ainda dá mais espaço aos heróis que às heroínas? Já é sabido que não há muitas oportunidades para mulheres em filmes de ação. Nós não fizemos nada nem perto da quantidade de coisas que os homens já fizeram no ramo. A indústria do cinema está trabalhando para criar mais oportunidade para as mulheres. Vejo pequenas mudanças ocorrendo, mas precisamos de mais.
Qual o caminho para isso? Não podemos ser complacentes. Temos de continuar avançando e exigindo mais espaço para mulheres não apenas na frente das câmeras, mas também atrás delas. É nossa responsabilidade como indivíduos.
The Old Guard estreia na Netflix, mas podia ser um de seus filmes do cinema. Sente saudade da tela grande? Todos sentimos falta da nossa vida normal. Falta de ir a restaurantes, jantar, socializar, viajar. Mas, infelizmente, não devemos fazer nada disso na pandemia. Ir aos cinemas agora é irresponsável e perigoso.
Publicado em VEJA de 15 de julho de 2020, edição nº 2695