Netflix versus grupo satânico: a treta da cultura pop mais estranha do ano
Templo e site de streaming entraram em acordo após denúncia por plágio
Com o diabo não se brinca. A Netflix aprendeu a lição — e precisou pagar por isso, literalmente. O site de streaming se viu no meio do mais estranho imbróglio da cultura pop de 2018 ao ser denunciado por plágio pelo grupo Templo Satânico, que dispensa apresentações por seu nome autoexplicativo. A razão? Uma estátua de um demônio, chamado Baphomet, que aparece na série O Mundo Sombrio de Sabrina, lançada em outubro deste ano.
Após a notícia tomar os jornais no mundo, a Netflix e a Warner Bros, que produzem a série em conjunto, chegaram a um acordo com o grupo satanista para evitar que as acusações de infração de direitos autorais, violação de marca registrada e danos empresarias chegassem à Justiça.
Por cada um dos crimes, o Templo Satânico exigia 50 milhões de dólares (190 milhões de reais), o que totalizava 150 milhões de dólares (570 milhões de reais). Os valores pagos pela Netflix e Warner Bros, contudo, não foram revelados pelas empresas.
De acordo com a revista Business Insider, o grupo conseguiu também que os “elementos identificáveis da estátua de Baphomet” sejam reconhecidos nos créditos dos episódios que já foram filmados. O Templo Satânico não deu detalhes do acordo com empresas, alegando estar sujeito a uma cláusula de confidencialidade.
O grupo denunciou a Netflix no início de novembro em um tribunal de Nova York, afirmando que a série tinha copiado a estátua de Baphomet, um demônio representado como um macho de cabeça de bode, com forma antropomórfica.
Além disso, os satanistas argumentam que a estátua representa ideais da compaixão, da empatia e da luta pela Justiça. Na série da Netflix, Baphomet é apresentada como um “ponto central de uma escola associada com o mal, com o canibalismo e com assassinatos”, diz o templo.
(Com agência EFE)