O cantor venezuelano Anthony Galindo, 41, o Papi Joe, que fez parte da boy-band Menudo no final dos anos 1990, morreu neste domingo, 4, depois de, internado em estado grave, ter tentado suicídio em Miami, nos Estados Unidos. A informação foi revelada pelos familiares do artista, que disseram que ele sofria de depressão, agravada pelo isolamento social gerado pelas medidas de distanciamento da pandemia. “Como família de Anthony Galindo, temos passado por uma situação delicada e difícil nesses últimos dias (…). Estamos consternados”, disse a família em comunicado, antes da morte.
Ao contrário de Ricky Martin, que também fez parte do Menudo e hoje é um dos mais bem-sucedidos cantores pop latinos do mundo, Galindo entrou para uma triste lista de ex-integrantes de boy bands que enfrentaram graves problemas na vida pessoal. A seguir, relembramos cinco deles que, como numa maldição, também não tiveram uma vida fácil após o fim de suas bandas.
Robbie Williams
O britânico Robbie Williams, 46 anos, é um dos ex-cantores de boy bands de maior sucesso após o fim de seu grupo. Quando deixou o Take That, em 1995, Williams emendou um sucesso atrás do outro, com hits como Angels e Rock DJ. Porém, assim como o seu sucesso, também foi notória a sua luta contra a dependência química em cocaína, alcoolismo e depressão. Em 2007, ele ficou à beira da morte, mas conseguiu se recuperar e hoje se diz limpo das drogas.
Rafael Ilha
No início dos anos 1990, Rafael Ilha, hoje aos 47 anos, era uma das maiores celebridades jovens do Brasil, como integrante da boy band nacional Polegar. Chegou a participar, inclusive, do filme Uma Escola Atrapalhada, dos Trapalhões. Com o fim do grupo, o artista começou a consumir cocaína, álcool e crack, sendo expulso de casa para viver nas ruas. Nesse período, ele foi preso duas vezes. Numa delas, por posse ilegal de armas. Em um dos episódios mais dramáticos de sua vida, durante uma crise de abstinência, ingeriu pilhas e isqueiros. Em 2009, o artista tentou se matar fincando um pedaço de vidro no pescoço. Nos anos seguintes, ele conseguiu se recuperar das drogas e também voltou a aparecer na TV, vencendo a décima temporada do reality A Fazenda (Record) e participando, com a sua mulher Aline Kezh Felgueira, do Power Couple Brasil.
AJ McLean
Com o visual mais descolado dos Backstreet Boys, o cantor AJ McLean, 42 anos, fazia o estilo bad boy no grupo. Mas, na vida pessoal, as coisas não estavam nada bem. Em 2001, durante a turnê mundial do álbum Black & Blue, os colegas ficaram preocupados com o seu comportamento autodestrutivo fora dos palcos e vacilante durante as apresentações. Com sintomas de depressão e ansiedade, além do consumo excessivo de álcool, ele foi internado em uma clínica de reabilitação. Em 2002, voltaria a ser internado, dessa vez por causa da dependência química. Casado desde 2011, hoje ele se diz limpo.
Sander Mecca
O ex-vocalista da banda Twister, Sander Mecca, 37 anos, foi um dos principais ídolos pop juvenis do Brasil no início dos anos 2000. Em uma entrevista recente, o artista revelou que a fama cobrou um preço caro e afirmou ter sofrido violência sexual de uma pessoa poderosa da indústria, pouco antes de eles assinaram um contrato para o lançamento da banda. Nos anos seguintes, o cantor foi preso por tráfico de drogas com dez comprimidos de ecstasy e LSD, além de ter sido dependente químico. Recentemente, ele foi flagrado tocando violão no metrô para ganhar dinheiro – o que lhe estava sendo mais rentável do que se apresentar em barzinhos.
Stephen Gately
O cantor irlandês Stephen Gately, que ficou famoso por participar da boy band Boyzone, foi encontrado morto em 2009, na ilha de Maiorca, na Espanha, após ter sido vítima de uma embolia pulmonar, supostamente causada causada por um problema cardíaco. O Boyzone foi uma das boy-bands mais famosas da Irlanda e do Reino Unido nos anos 1990.