O futuro de Harry e Meghan: trabalho humanitário e milhões no banco
Casal pretende transformar marca que criaram em império global e seguir com a caridade
O casal príncipe Harry e Meghan Markle agitou a realeza nesta quarta-feira, 8, ao anunciar o afastamento da família real. Segundo a declaração, eles planejam trabalhar para serem financeiramente independentes, sem deixar de apoiar a monarquia. Mas como exatamente os rebeldes da realeza pretendem se sustentar?
Apesar do espanto dos britânicos e do desapontamento da rainha com a decisão, é improvável que Meghan e Harry enfrentem dificuldades financeiras. Na verdade, a renúncia ao Sovereign Grant — dinheiro fornecido anualmente aos membros da realeza — pode ser uma jogada de mestre. Ao romper com as amarras da “mesada real” — que equivale a 5% da renda — um universo de possibilidades se abre para o casal, a começar pela expansão da marca Sussex Royal.
Se dependessem apenas da grana acumulada, pegar no batente já não seria necessário. Harry tem na conta uma fortuna de cerca de 30 milhões de libras, boa parte proveniente da herança de Diana. Já Meghan é mais modesta: seu patrimônio gira em torno dos 3,5 milhões de libras, quantia conquistada com papéis na TV e no cinema. Segundo o site Know Net Worth, a atriz chegou a ganhar 50.000 dólares por episódio com a série Suits.
Futuro Império Global e Moda
Em junho de 2019, Meghan e Harry registraram em cartório a marca Sussex Royal, que inclui desde produtos para comércio até ações sociais voltadas para o meio ambiente, empoderamento feminino e educação. De acordo com o documento publicado pelo escritório de propriedade intelectual da Inglaterra (Intellectual Property Office), em dezembro, a marca estampará materiais de estudo, panfletos, livros, roupas, além de promover conscientização sobre assuntos variados.
O especialista em varejo Andy Barr prevê que o futuro império de produtos de Meghan e Harry tem potencial para render ao casal receitas de até 400 milhões de libras por ano — o dobro do arrecadado pelos investimentos do príncipe Charles em 2019.
“Sem dúvida será um negócio multi-milionário, considerando que eles estarão lucrando com o nome da realeza, o que é irônico, já que estão tentando se livrar de seu controle”, afirmou Barr ao jornal Daily Mail. O registro, aliás, comprova que o afastamento do casal estava sendo planejado há algum tempo — em uma eventual perda dos títulos, o registro prévio possibilita que eles sigam usando o nome “Sussex” para os negócios.
Meghan também tem uma relação próxima com o mundo da moda. Em 2019, a duquesa combinou seu lado fashionista com a filantropia e lançou uma linha de roupas para fornecer vestimentas e treinamento a mulheres desempregadas. Ela também mantinha o blog Tig até abril 2017. O site rendeu a atriz o montante de 60.000 libras de acordo com o Mirror UK.
Livros, TV e aparição pública
Saciar a curiosidade dos leitores também pode render ao casal bons trocados. Não é incomum que editoras paguem cifras generosas pela produção de biografias de figuras célebres. Em 2017, Barack Obama levou a bagatela de 65 milhões de dólares em um acordo com a Penguin Random House para a publicação de sua biografia. Michele Obama também faturou com o best-seller Minha História, com ingressos que atingiram os 3.000 dólares na turnê do livro.
O mesmo vale para a televisão, que pode ser um canal de lucro e de ativismo. Harry já trabalhou ao lado de Oprah na produção de uma série documental para a Apple TV sobre saúde mental. O casal também estrelou, em 2019, o documentário Harry & Meghan: An African Journey, que retrata a viagem do casal à África.
O casal ainda poderá cobrar pela presença em eventos e palestras. Em entrevista a Bloomberg, Jeff Jacobson, co-fundador da agência de palestras Talent Bareau estima que Meghan arrecadaria no mínimo 100.000 dólares por aparição. Já Harry, pode chegar a bagatela de 500.000 dólares.