Na área vip do Rock in Rio, duas senhoras responsáveis pela limpeza usavam. Assim como três moços que serviam bebidas no bar. Adolescentes, mães e casais também.
O kit gay tão propalado por Jair Bolsonaro (PSL) e os conservadores que cercam o presidente parece ter se concretizado nesta edição do festival.
Neste ano, a despeito das críticas, as marcas resolveram investir pela primeira vez no público LGBT. No estande do Doritos, decorado com as cores do movimento, foram distribuídas 3 mil bandeiras e pochetes coloridas com o espectro do arco-íris.
“Foi a primeira vez que exploramos a temática aqui. E foi um sucesso estrondoso. Isso mostra que as pessoas estão abertas. Não foi só o público LGBT que aderiu, muito pelo contrário”, diz Carolina Frydman, responsável pelo espaço.
A marca prometeu ainda reverter o dinheiro da venda do Doritos Rainbow para instituições de apoio LGBTs. Acompanhada pelo namorado, a bancária Giovanna Boscarino ostentava sua bandeira no espaço mais caro do festival.
“É uma causa mais que normal. Isso nem deveria surpreender mais ninguém”. A loja oficial do Rock in Rio também colocou à venda, pela primeira vez, uma camiseta toda colorida. E a procura foi tanta que o tamanho P esgotou logo no início da segunda noite.