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O vestido de Mariana Ximenes para protestar contra o ‘desmonte da cultura’

Atriz apresentou o Festival do Rio trajando roupa estampada com cartazes de filmes nacionais

Por Diego Freire Atualizado em 11 dez 2019, 01h21 - Publicado em 11 dez 2019, 01h19

Apresentadora da 21ª edição do Festival do Rio, a atriz Mariana Ximenes abriu o evento, nesta terça-feira 10, trajando um vestido estampado com cartazes de diversos filmes nacionais. A iniciativa foi um protesto de Ximenes contra o comando da Ancine, entidade que no final de novembro retirou de seu edifício e do site oficial os cartazes de várias produções do cinema brasileiro. Como justificativa, o órgão declarou que expôr determinadas obras feria o princípio de isonomia.

“Esses cartazes são o estandarte da nossa resistência, nessa luta muito importante contra o desmonte da cultura brasileira”, disse Ximenes, em discurso no palco do evento.

Conforme revelou VEJA, a Ancine recentemente também vetou a exibição do filme A Vida Invisível, inscrito no Oscar, em um evento interno.

Sobre os embates entre  governo Jair Bolsonaro e órgãos culturais a determinados filmes do país, Karim Aïnouz, diretor de A Vida Invisível, declarou em entrevista para VEJA: “eu me pergunto por que somos tão temidos. Se há censura, ou estão em desacordo com algo do filme ou estão com medo de alguma coisa. Por isso é importante que essa história seja esclarecida, com urgência, pois é perigosa para a imagem do Brasil internacionalmente”.

Em uma série de postagens, Ximenes mostrou seu vestido e escreveu mensagens de protesto contra o que classificou como “tempos sombrios” contra a cultura.

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“Vivemos tempos sombrios pairando sobre a nossa liberdade. A arte existe porque a vida não basta, já dizia Ferreira Gullar. E anular a arte é anular a vida. Tentar esconder as produções brasileiras é deixar de lado o Brasil, o brasileiro e o que temos de mais especial, que são nossas histórias, nossa diversidade, nosso jeito de ver e viver a vida. O cinema é uma arte nossa”, escreveu a atriz.

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Com o cinema brasileiro, como atriz e espectadora, mergulhei em histórias que eu nunca imaginei contar, fui para lugares onde nunca pensei em estar. O cinema brasileiro me fez rir, chorar, me apaixonar, refletir e viver sentimentos que eu nem sabia que existiam. São muitas as histórias que temos para contar. Nunca produzimos tanto, com tanta diversidade de gêneros, de pontos de vista tão diversos e nunca ganhamos tanto o mundo com a nossa cultura. Mas, ao mesmo tempo, vivemos tempos sombrios pairando sobre a nossa liberdade. A arte existe porque a vida não basta, já dizia Ferreira Gullar. E anular a arte é anular a vida. Tentar esconder as produções brasileiras é deixar de lado o Brasil, o brasileiro e o que temos de mais especial, que são nossas histórias, nossa diversidade, nosso jeito de ver e viver a vida. O cinema é uma arte nossa!

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O cinema, a arte resistem! Música “Cinema Novo” de @caetanoveloso & @gilbertogil 📸 @viniciusmochizuki

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