Por que James Cameron acha que junção de Netflix com Warner Bros. será um desastre
Diretor de 'Avatar' é contra a aquisição do tradicional estúdio de Hollywood pela gigante do streaming
James Cameron, diretor de cinema por trás de filmes como Titanic (1997), a saga Exterminador do Futuro e Avatar manifestou uma opinião negativa e controversa sobre a aquisição da Warner Bros. Discovery (WBD) pela gigante do streaming Netflix.
Em entrevista ao jornalista Matt Belloni publicada no blog World of Reel, Cameron afirmou que a compra seria um “desastre”. A entrevista foi cedida antes mesmo do fechamento do negócio na quinta-feira, 4. “Acho que a Paramount é a melhor escolha. A Netflix seria um desastre. Ted Sarandos [CEO da Netflix] já declarou publicamente que os filmes exibidos nos cinemas estão mortos. ‘Os cinemas estão mortos’. Palavras dele”, afirmou Cameron. No leilão, que envolvia Netflix, Comcast e a Paramount Skydance, a Paramount foi a única empresa que manifestou interesse em adquirir todo o portfólio da WBD.
Um dos pontos principais da crítica de Cameron é a tentativa da Netflix de lançar filmes no cinema apenas para entrar na corrida pelo Oscar. “Um filme deve ser feito como um filme para o cinema, e o Oscar não significa nada para mim se não significar cinema”, comentou. Cameron ainda frisa que lançar um filme por uma semana ou dez dias não configura um lançamento justo, e que essa seria uma “isca para trouxas”. ” “Eles deveriam ter permissão para competir [no Oscar] se lançarem o filme em 2.000 cinemas durante um mês, em uma distribuição significativa”, concluiu.
Como foi o leilão da Warner Bros. Discovery?
Na última quinta-feira, 4 de dezembro, a Netflix se tornou vencedora da disputa pela aquisição dos estúdios de cinema e plataformas de streaming do conglomerado Warner Bros. Discovery. Com isso, a plataforma agora entra em negociações exclusivas com a empresa capitaneada por David Zaslav. Para a finalização do negócio, porém, é necessária a aprovação de autoridades federais. Segundo o portal Deadline, a Netflix ofereceu US$ 27,75 por cada ação do conglomerado e ainda arcará com multa de US$ 5 bilhões caso o acordo não seja concluído como planejado. O valor do negócio é de US$ 72 bilhões, enquanto a Warner Bros. Discovery vale aproximadamente US$ 82,7 bilhões.
Para a Netflix, a aquisição abre portas para o usufruto de múltiplas propriedades intelectuais estabelecidas, como o universo DC, Harry Potter e os personagens animados do estúdio Hanna-Barbera. Dessa forma, a empresa pode investir em novas formas de merchandising e licenciamento. Ainda não é claro como a negociação afetará lançamentos da Warner nos cinemas.
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