Prêmios Nobel de 2018 serão anunciados entre 1º e 8 de outubro
Este ano, academia não dará o de Literatura por causa do escândalo envolvendo denúncias de abusos sexuais
Os ganhadores dos prêmios Nobel deste ano serão anunciados entre 1 e 8 de outubro, informou nesta sexta-feira em Estocolmo a fundação encarregada da cerimônia. O prêmio de Medicina e Fisiologia abrirá a Semana Nobel em 1º de outubro, e nos dois dias seguintes, como é costume, serão anunciados os de Física e Química.
O prêmio da Paz, o único que é outorgado e entregue fora da Suécia, será anunciado no dia 5 pelo Comitê Nobel Norueguês.
Três dias depois fechará a rodada de ganhadores o Nobel de Economia, o único dos prêmios que não foi adotado pelo seu criador, o magnata sueco Alfred Nobel, mas pelo Banco Nacional da Suécia, em 1968.
Este ano, pela primeira vez em sete décadas, a Academia Sueca não concederá o Prêmio de Literatura em razão do escândalo envolvendo denúncias de abusos sexuais e que colocaram a entidade em um crise histórica. O que motivou a decisão da academia foi a perda de “confiança” do mundo exterior na instituição e seu próprio “enfraquecimento” após a renúncia de oito dos seus dezoito membros — dois a menos dos necessários para a tomada de decisões.
Embora o processo de seleção de candidatos para o Nobel de Literatura deste ano tenha ocorrido normalmente, a Academia disse que precisa de “tempo para recuperar sua força plena, envolver um número maior de membros ativos e restaurar a confiança nela antes de escolher um novo vencedor”.
Com a decisão, serão concedidos dois prêmios no próximo ano: o correspondente a 2018 e o de 2019. A Fundação Nobel apoiou a resolução da academia e ressaltou que a crise não afetará os outro cinco prêmios oferecidos. A fundação pagará 9 milhões de coroas suecas (US$ 1 milhão) por categoria, a repartir caso haja vários ganhadores.
Os centenários prêmios são entregues a cada ano em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, em uma dupla cerimônia: em Oslo, para o prêmio da Paz; em Estocolmo, para o resto.
Com agência EFE