Quatro casos de plágio que abalaram o mundo do rock
'Stairway to Heaven', a música mais conhecida do Led Zeppelin, foi alvo de longa novela nos tribunais
– Led Zeppelin (foto)
Uma novela iniciada em 2014 levou aos tribunais a questão de que Stairway to Heaven, a música mais conhecida do Led Zeppelin, lançada em 1971, teria tido a introdução copiada de Taurus, canção de 1968 do obscuro grupo americano Spirit. No último dia 9, uma decisão da 9ª Corte de Apelação, nos Estados Unidos, pôs um ponto-final na polêmica, inocentando o Led Zeppelin. Segundo o veredicto do júri, a coincidência de uma sequência de notas não configura cópia. Para comprovar o plágio, é preciso mostrar que o suposto infrator teve acesso ao trabalho do autor e que as duas obras são “substancialmente semelhantes”.
– George Harrison
Maior sucesso da carreira-solo do ex-beatle, My Sweet Lord foi acusada de ser uma cópia de He’s So Fine, das Chiffons. O tribunal que analisou o caso consultou especialistas e chegou à conclusão de que Harrison teria cometido “plágio involuntário”. Para encerrar a discussão, ele comprou em 1981 os direitos de He’s So Fine por 500 000 dólares.
– Rod Stewart
O sucesso Da Ya Think I’m Sexy?, do cantor inglês, foi totalmente “chupado” de Taj Mahal, de Jorge Ben Jor. Esse caso foi para os tribunais e Stewart reconheceu o “plágio involuntário”. Desde 1979, Ben Jor recebe os direitos autorais das duas músicas.
– Radiohead
Lançada em 1992, a canção Creep logo se tornou um dos maiores hits dos ingleses. Outro grupo britânico, o The Hollies, entrou com um processo por causa da semelhança dela com The Air that I Breathe. No fim do processo, Albert Hammond e Mike Hazlewood, do Hollies, conseguiram ter seus nomes incluídos como coautores de Creep.
Publicado em VEJA de 18 de março de 2020, edição nº 2678