Quatro curiosidades sobre o renascimento dos cines drive-in
Com as salas fechadas nos Estados Unidos por causa da Covid-19, as velhas atrações ressuscitaram
- Em cartaz
Com as salas fechadas nos Estados Unidos por causa da Covid-19, os velhos drive-ins ressuscitaram como opção interessante para quem quer sair de casa e ver um filme sem desrespeitar totalmente as regras do distanciamento social. Com o empurrão da pandemia, a bilheteria dos drive-ins no Texas cresceu 40%. Na foto, espectadores em seu carro assistem ao novo filme da Pixar, Dois Irmãos.
- Passado glorioso
O primeiro drive-in nasceu em 1933, em Nova Jersey, idealizado por Richard Hollingshead, que tinha uma conexão com carros: seu pai era empresário do ramo automotivo. A mãe era obesa e não se sentia confortável em cinemas comuns. Ele então desenvolveu um drive-in caseiro para ela no quintal, antes de ampliar e patentear a ideia. O formato se popularizou pelos EUA, chegando a mais de 4 000 cinemas do tipo nos anos 60.
- Retomada retrô
A força das videolocadoras a partir da década de 70 e a chegada das salas de cinema digitais, no fim dos anos 90, foram tornando o drive-in cada vez mais obsoleto. Na última década, porém, alguns deles se modernizaram, apostando no poder da nostalgia. Existem hoje, nos Estados Unidos, pouco mais de 300 drive-ins em funcionamento. Eles exibem desde lançamentos até filmes clássicos.
- No Brasil
Por aqui, o drive-in fez sucesso nos anos 80 e 90. Depois disso, o nome ficou associado a espaços que funcionam como motéis automotivos. O sobrevivente da espécie dentro da fórmula original é o Cine Drive-in de Brasília. Inaugurado em 1973, o cinema ao ar livre até virou filme, em 2015: O Último Cine Drive-In (disponível na Netflix). Nos anos recentes, o negócio voltou ao gosto do público nos grandes centros em projetos itinerantes.
Publicado em VEJA de 1 de abril de 2020, edição nº 2680