Rock in Rio tem horários estendidos para evitar tumulto na saída
Medida pretende diminuir o fluxo de pessoas para o terminal de transporte coletivo no fim das apresentações.
A produção do Rock in Rio decidiu estender o funcionamento de espaços da Cidade do Rock para segurar o público até mais tarde no local. A medida, que influenciará nos horários de palcos, restaurantes e lojas foi implantada para diminuir o fluxo de pessoas indo embora ao fim dos shows. O principal objetivo é evitar o tumulto na chegada ao terminal de BRT Centro Olímpico, onde acontece o embarque para o sistema de transporte coletivo da cidade e é a maior porta de saída para cerca de 80 mil pessoas, das 100 mil presentes diariamente no festival.
A Gourmet Square, que reúne bares e restaurantes mais sofisticados, ficava aberta até às 2 horas, e agora permanecerá funcionando até às 3 horas, assim como a Rock Street, que também tem pontos de venda de alimentos e produtos oficiais do festival. O Rock District, outra área com opções para se comer e beber, seguirá até as 4 horas.
No palco Sunset, um baile comandado por Simoninha deve reter público até 3h30. Já o eletrônico ficará até as 4 horas. As lanchonetes espalhadas pela Cidade do Rock serão estimuladas a se manter em atividade por mais tempo, até que não haja mais fregueses à vista.
Os novos horários serão praticados às sextas, sábados e domingos – na quinta, a expectativa é que as pessoas tendam a ir embora mais cedo, porque trabalham ou estudam no dia seguinte.
Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, disse que outra medida que será tomada – já testada e aprovada no último domingo – será forçar a redução da velocidade do público na saída por meio de uma verificação da pulseira que dá acesso ao BRT. Apesar dos imprevistos, fez uma avaliação positiva dos primeiros três dias de shows. “A média de aprovação foi 9,1. As pessoas têm maior facilidade de ir de um espaço para o outro, o que não acontecia na Cidade do Rock anterior, em que ficavam paradas no mesmo lugar. Era nossa proposta e ela funcionou.”
Anitta em Lisboa
Segundo Roberta, ainda está sendo debatida a possível participação de Anitta no Rock in Rio Lisboa, ano que vem. Os fãs da cantora reclamaram sua ausência no line up do festival no Rio, em especial depois do cancelamento da apresentação de Lady Gaga de véspera. “O artista para substituir tem que ter já um show montado para aquele palco. Por isso, tinha que ser alguém que já estava no festival. A gente nunca cogitaria alguém de fora, nem se fosse a Madonna.”
Sobre as notícias de que a produção de Anitta pensa em montar um festival próprio, com atrações do funk e do pop, Roberta disse que o Rock in Rio vê o surgimento de novidades como esta com bons olhos. “Quanto mais, melhor. O mundo está vivendo o surgimento de muitos festivais. É sinal de que as pessoas precisam estar juntas. Festival tem função de encontro. A gente não sobrevive se relacionando só através do telefone celular.”
(Com Estadão Conteúdo)