Publicado em 1986, o livro It: A Coisa causou controvérsia não tanto pelo seu tom violento, com a morte de crianças, mas pela marcante cena em que o grupo de jovens protagonistas faz uma cena de sexo grupal. Na adaptação cinematográfica lançada na última semana, a orgia foi substituída por um singelo pacto de sangue entre os jovens protagonistas.
Sobre a polêmica, Stephen King comentou em um fórum oficial que leva seu nome, em 2013: “Eu não pensei exatamente no aspecto sexual da situação. O livro lida com a passagem da infância para a vida adulta, o processo de amadurecer. Adultos não lembram de sua infância. Não lembramos exatamente o que fizemos quando crianças. Intuitivamente, os Perdedores (apelido do grupo de meninos da trama) sabem que eles estarão juntos novamente. O ato sexual conecta a infância com a vida adulta. Os tempos mudaram desde que eu escrevi aquela cena e agora existe uma sensibilidade maior em relação ao assunto”.
O site americano Vulture entrou em contato com o escritor para confirmar a autoria da declaração. King, então, adicionou: “A isso eu somaria que acho incrível que existam tantos comentários a respeito de uma única cena de sexo e se fale tão pouco dos múltiplos assassinatos de crianças na trama. Essa reação tem um significado, só não tenho certeza de qual é”.
A controversa cena do livro acontece no fim da história, quando as crianças se perdem em um túnel e entram em pânico. A única garota do grupo, Beverly, acalma os colegas e se oferece sexualmente a cada um deles. O ato acontece como uma forma de sair do local escuro e criar uma conexão entre os jovens. No filme, os Perdedores cortam as mãos e se juntam em um círculo, em um pacto de amizade.