Quase caindo do sofá azulão, a guru natureba Bela Gil está com cara de quem espera qualquer bomba vinda da entrevistadora hiperativa à sua frente. Tatá Werneck, então, dispara: “Seu cocô é diferente?”. Insólito e engraçadíssimo, o debate escatológico que se segue resume o espírito sem estribeiras do Lady Night, talk show comandado por Tatá. A atração encerrou na semana passada uma bem-sucedida primeira temporada de 25 entrevistas exibidas diariamente no canal Multishow. Teve 11 milhões de espectadores e foi, no seu horário, a maior audiência da TV paga. Mas o barulho que causou foi tão notável que uma nova temporada será gravada a toque de caixa, em julho (enquanto isso, os programas já exibidos são reprisados em vários horários pelo canal; também estão no Now e no Globosat Play). O Lady Night não é um exemplo isolado da efervescência dos talk shows. A televisão brasileira vive tempos bocudos.
No ano passado, o gênero revitalizou-se, graças à disputa entre três programas capitaneados por humoristas — ao The Noite, que Danilo Gentili já fazia no SBT, somaram-se o Adnight, de Marcelo Adnet, na Globo, e o Programa do Porchat, de Fabio Porchat, na Record. Mas sempre há lugar para mais um no bate-papo no sofá. Além do Lady Night, está no ar há duas semanas o Conversa com Bial, em que o ex-âncora do BBB assume a vaga diária deixada por Jô Soares nas madrugadas da Globo. Nas noites de sexta-feira da HBO, acaba de estrear o Greg News, de Gregório Duvivier, humorista do Porta dos Fundos e expoente do hipsterismo fofinho.
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