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Toulouse-Lautrec, o pequeno príncipe da arte

Mostra realizada no Masp traz 75 obras do pintor anão que retratou a Paris da belle époque e ajudou a inventar a arte moderna

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jun 2017, 11h26 - Publicado em 25 jun 2017, 08h00

A edição de VEJA que circula nesta semana traz uma reportagem sobre uma das melhores exposições do ano no Brasil: a mostra devotada ao pós-impressionista francês Henri de Toulouse-Lautrec que será aberta para o público na sexta-feira 30 no Masp, em São Paulo. O pintor carregava no sangue as marcas da tragédia humana. Oriundo de uma família aristocrática que acumulava séculos de casamentos entre parentes (seus pais eram primos), ele pagou o preço biológico da redundância genética: com a saúde frágil e o corpo deformado, foi acometido na adolescência por uma doença óssea que interromperia seu crescimento. Rejeitado pelo pai, o pintor anão, de 1,42 metro, foi viver a vida boêmia em Paris, morrendo de sífilis e alcoolismo, aos 36 anos. A excepcional mostra Toulouse-Lautrec em Vermelho atesta que, em vez de diminuí-lo, a vida trágica fez de Toulouse-Lautrec um homem de estatura colossal para seu tempo. Como pintor, gravurista e artista gráfico, ele foi um observador arguto da vida social nos cabarés e bordéis da Paris da belle époque (confira as melhores obras na galeria em anexo).

Toulouse-Lautrec retratava esse mundo com conhecimento de causa. As casas noturnas famosas e os inferninhos do bairro de Montmartre eram seu segundo lar: o pintor passava horas nesses locais munido de um bloco de anotações para, entre um gole de absinto e outro de gim, coletar as expressões da fauna humana. Nas 75 obras vindas de grandes instituições como o Art Institute de Chicago, o Museu D’Orsay de Paris e o próprio Masp, o que se constata é que Toulouse-Lautrec não glamorizava seus personagens nem fazia julgamentos morais sobre eles. Daí advém sua grandeza: a capacidade de captar a vida boêmia como ela era de fato, em suas miudezas, ansiedades e momentos de tédio. “Sua intenção era apontar como a verdade da vida moderna se encontrava nesses locais”, diz o curador Luciano Migliaccio. A baixa estatura pode ter tido papel essencial no que ele fez também por razão mais comezinha: nanico, Toulouse-Lautrec via o mundo de baixo para cima. Ao pintar suas prostitutas, o ponto focal está na cintura das personagens, o que faz com que elas assomem como figuras enormes e distorcidas — a conexão com as mulheres pintadas mais tarde por um Pablo Picasso não é mera coincidência. O somatório desse ângulo inovador às cores despudoradas e traços ferozes faz de Toulouse-Lautrec, ao lado de contemporâneos como Paul Gauguin, um fundador da arte moderna.

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

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