Transformação de Gaga para ‘House of Gucci’ teve peruca de US$ 10 mil
Cantora enfrentou de 4 a 5 horas diárias no cabeleireiro para se preparar para as cenas na pele da ricaça italiana
House of Gucci pode não ter agradado a crítica, mas Lady Gaga é, de fato, o ponto alto do filme. A transformação da cantora na ricaça assassina Patrizia Gucci, inclusive, envolveu incansáveis horas na cadeira de um cabeleireiro e 10 mil dólares em perucas. Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, o especialista em perucas Frederic Aspiras, que trabalha com Gaga desde 2009, detalhou o passo a passo do processo, que começou com um dossiê nada modesto de 450 páginas destinadas às madeixas, maquiagens e looks da cantora.
“A personagem exigiu dez perucas de cabelo humano personalizadas, de renda cheia e com nós feitos à mão, e uma extensão para adicionar volume e forma. Mais de 50 looks foram criados, e nem todos foram incluídos, mas todas as perucas foram usadas”, explicou à Revista Elle.
Para colocar Patrizia em cena, os trabalhos começavam às 4 da manhã, quando Gaga enfrentava entre 4 e 5 horas de cabelo e maquiagem antes das gravações. “Cada peruca era delicadamente colorida ou realçada com uma cor de cabelo profissional para mostrar o momento em que a personagem estava em sua vida, a circunstância e a época. As madeixas precisavam ser cortada de acordo com a época e a tendência de estilo que vigorava. Tive que fazer isso com produtos que não estragassem, então as perucas custaram cerca de 10.000 dólares,” revelou.
Para criar os penteados, uma pesquisa extensa sobre a moda italiana foi necessária. Como havia poucos retratos de Patrizia durante a juventude, o design se inspirou em entrevistas com mulheres italianas, bate-papos com moradores que conheciam Patrizia, documentários dos anos 70 e o estilo da atriz Gina Lollobrigida, ícone fashion da época. “Eu quis ser o mais autêntico possível, então usei as técnicas exatas de cada época, de rolinhos com os cabelos molhados, bobes, técnicas como lacing francês, permanentes, entre outros. Eu queria a textura, a vibe, o movimento.”