A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em flagrante nesta quinta-feira três homens identificados como os autores do latrocínio (roubo seguido de morte) da cantora Loalwa Braz Vieira, do grupo Kaoma. Foram presos em Saquarema, município da Região dos Lagos, no Rio, Wallace de Paula Vieira, de 23 anos, Gabriel Ferreira dos Santos, de 21 anos, e Lucas Silva de Lima, de 18 anos.
De acordo com nota enviada pela Polícia Civil, Wallace, Gabriel e Lucas chegaram à pousada Azur, que era de Loalwa, na noite desta quarta. Eles arrombaram a porta de entrada e imobilizaram a cantora. A vítima tentou reagir e foi agredida com pauladas e golpes de faca até desmaiar. Os três criminosos, então, arrastaram a cantora até seu veículo, que estava estacionado no terreno da pousada.
Eles roubaram itens de valor e começaram a seguir viagem com o carro de Loalwa, que apresentou pane no meio do caminho. Os criminosos decidiram atear fogo ao veículo com a cantora em seu interior.
Wallace, que era funcionário da pousada, afirmou inicialmente que havia apenas testemunhado o episódio, mas, ao se contradizer no depoimento, acabou confessando ser um dos autores do crime. Gabriel foi preso depois e, com ele, a polícia encontrou o telefone celular e o cartão bancário da vítima. Lucas foi preso no início da noite. Os três foram autuados em flagrante pelo crime de latrocínio, cuja pena máxima é de 30 anos.
Loalwa Braz Vieira foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira, dentro de um carro incendiado na Estrada da Barreira, em Saquarema. O corpo da cantora foi encontrado carbonizado.
Loalwa ganhou projeção com o auge da lambada, nos anos 1980, ao entoar com o grupo Kaoma o hit Chorando Se Foi, que se espalhou por diversos países e até hoje é tratado como o hino do ritmo.
Outros sucessos da cantora foram Dançando Lambada e Lambamor. Ao todo, o Kaoma vendeu mais de 25 milhões de discos e ganhou mais de 80 discos de ouro e platina. Loalwa já morou em Paris, onde difundiu o ritmo da lambada internacionalmente.
Loalwa, cujo nome verdadeiro é Loalva, em homenagem a seu pai, Walter Lowal, foi vocalista do Kaoma entre 1989 e 1999. Em entrevista, ela contou que o nome do grupo não tinha nenhum significado especial e que havia sido escolhido apenas por sua sonoridade.