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Um herói para todos: beijo gay e diversidade marcaram mundo das HQs

Parcela cada vez maior da sociedade — ainda bem! — não tolera mais desrespeito e pressiona por mudanças

Por Cilene Pereira Atualizado em 4 jun 2024, 12h34 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00

Jon Kent, o filho do velho Super-Homem com Lois Lane, é um super-herói destes tempos modernos. O jovem personagem criado por Tom Taylor e outros roteiristas da DC Comics não se prende a rótulos e vive a sexualidade fluida típica da chamada Geração Z, nascida entre o fim da década de 90 e a década de 2000. Foi a saída encontrada pelos quadrinistas para rejuvenescer a dinastia do planeta Krypton, originada em 1938, destinada a salvar a Terra de seus inimigos e, até novembro, sustentada na força, músculos e masculinidade do ser todo-poderoso dotado de poderes especiais. Na edição Superman: Son of Kal-El, publicada no mês passado, Jon revela-se bissexual. O garoto está à beira de uma crise de burnout, exausto das responsabilidades como o novo Homem de Aço, e é acolhido pelo amigo, ativista e meta-­humano Jay Nakamura. A certa altura, os dois se beijam com naturalidade e iniciam uma relação de amor. O beijo gay, como a cena foi chamada, teve o impacto de uma kriptonita sobre os fãs dos quadrinhos.

Desencadeou uma onda de apoios e protestos fora do universo dos aficionados da HQ. No Brasil, resultou na demissão do jogador de vôlei Mauricio Souza do Minas Tenis Clube, depois de o atleta ter feito declarações homofóbicas em suas redes sociais. Mauricio ainda se envolveu em uma discussão com o ex-colega de seleção Douglas, homossexual e sucesso de audiência virtual durante a Olimpíada de Tóquio. O episódio também é sinal destes tempos modernos. Parcela cada vez maior da sociedade — ainda bem! — não tolera mais desrespeito e pressiona por mudanças. Governos, empresas e agremiações sentem-se compelidos a responder sob pena de perder prestígio e clientes. Tom Taylor, o criador do Homem de Aço que pede ajuda e exerce sua orientação sexual sem nenhuma inibição, mais uma vez está certo. É preciso se adaptar ao mundo atual. Todos têm direito a se ver refletidos em seus heróis.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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