A Unidos da Tijuca compensou o fato de ter iniciado seu desfile às 6h com uma passagem esteticamente perfeita pela Marques de Sapucaí. A escola contou a história do pão e abusou da teatralidade para abordar dos aspectos religiosos aos ditados populares sobre o alimento.
O desfile marcou a estreia de Laila como diretor de Carnaval da escola do Borel, após 24 anos consecutivos ocupando o cargo na Beija-Flor de Nilopolis. Laila desfilou à frente da ala das baianas e foi rápido ao corrigir um buraco que se formou entre o grupo e o carro abre-alas da escola, bem no começo do desfile.
O passeio da Tijuca pela história do pão teve enredo de fácil compreensão acompanhado de samba igualmente simples, que empolgou as já esvaziadas arquibancadas da Marques de Sapucaí.
O destaque do desfile foram os cinco atos teatralizados em meio às alas e carros alegóricos. Em um deles, a escola reproduziu uma batalha de gladiadores, em referência à política do “pão e circo” do Imperio Romano. Já para tratar do ditado popular “o pão que o diabo amassou”, a escola contou a história do sofrimento dos negros enviados da África para o Brasil para servirem como escravos, em um dos mais impressionantes carros alegóricos do primeiro dia de desfile do Grupo Especial.
No fim, integrantes da escola distribuíram pães nas frisas do Sambódromo. Um desfile impactante no sentido estético, que coloca a Amarelo e Azul como uma das fortes postulantes ao título – que não vem desde 2014