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Woody Allen: ‘Sou grande defensor do movimento contra o assédio’

Diretor, que foi acusado de abuso sexual por sua filha Dylan, diz que acha injusta a comparação entre ele e outros homens denunciados por assédio

Por Redação
Atualizado em 4 jun 2018, 23h39 - Publicado em 4 jun 2018, 20h01

Woody Allen afirmou que é um grande defensor do movimento #MeToo, contra o assédio e o abuso sexual, em entrevista ao programa de TV argentino Periodismo para Todos. O diretor americano de filmes como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Manhattan também falou sobre a acusação de abuso sexual que pesa sobre ele – uma de suas filhas, Dylan, afirma que foi abusada pelo pai quando era criança.

“Isso é uma coisa que foi analisada minuciosamente pelas autoridades 25 anos atrás e todo mundo concluiu que não era verdade”, disse o cineasta. “E acabou, eu segui com a minha vida. Isso voltou agora e é uma coisa terrível para se acusar alguém. Eu sou um homem com uma família e filhos. Então, claro que é triste.” Allen tem duas filhas com Soon-Yi Previn, filha adotiva de Mia Farrow, que foi namorada do diretor. Soon-Yi teve um caso com Woody Allen enquanto o diretor ainda namorava sua mãe. Mia terminou o relacionamento com o cineasta em 1992, quando descobriu sobre a relação, e a jovem e Allen se casaram em 1997.

“Todos querem que a justiça seja feita”, continuou o Allen. “Se há algo como o movimento #MeToo, você torce por ele, quer que ele faça justiça com esses assediadores terríveis, essas pessoas que fazem essas coisas horríveis. Acho que isso é bom.”

O diretor prosseguiu, afirmando que acha injusta a ligação que fazem de nomes como Harvey Weinstein e Louis C.K., acusados de assédio, com ele. “O que me incomoda é ser comparado a eles. As pessoas foram acusadas por vinte, cinquenta, cem mulheres de abuso e abuso e abuso – e eu, que fui acusado por uma mulher durante um caso de custódia que foi analisado e provado como falso, fico junto com essas pessoas.”

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“Sou grande defensor do movimento #MeToo”, disse. “Acho que, quando encontram pessoas que assediaram mulheres e homens inocentes, é bom que elas estejam sendo expostas. Mas, sabe, eu deveria ser garoto-propaganda do movimento. Porque eu trabalhei em filmes por cinquenta anos. trabalhei com centenas de atrizes e nenhuma delas – grandes atrizes, famosas ou começando a carreira – nunca sequer sugeriu qualquer tipo de comportamento impróprio. Eu sempre tive um ótimo histórico com elas.”

 

 

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