A primeira testadora de motéis do Brasil foi selecionada entre 30 mil interessados na vaga. Pós-graduada em marketing, ela conquistou o emprego dos sonhos de muitas pessoas: vai viajar o país todo testando a qualidade dos motéis. E ainda vai ganhar para isso – o salário é de 2.000 reais por mês.
A testadora diz que o emprego é muito sério. “Não é diversão nem brincadeira. É um trabalho sério e minucioso”, diz ela.
A escolhida para a vaga diz que não tem vergonha do seu novo emprego. “Muito pelo contrário. Minha família e meus amigos sabem o que vou fazer.”
A testadora do Guia de Motéis afirma que não pode revelar o nome devido às condições de anonimato do trabalho. “Se as pessoas souberem quem é a testadora, isso pode influenciar no resultado da avaliação. Preciso ser anônima, para que o serviço seja o mesmo que é oferecido a todos os clientes.”
Ela conta como seu marido reagiu à notícia de que tinha sido escolhida para a vaga: ‘ele me disse que era a minha cara’. É que um dos seus hobbies é escrever avaliações sobre hotéis, restaurantes e passeios em sites como TripAdvisor. “Sempre gostei de fazer avaliações.”
Entre os requisitos que ela precisa avaliar estão a infraestrutura, a fachada, alimentação e prestação de serviços. “Preciso checar a limpeza, a roupa de cama, as instalações, o tempo em que a comida chega, como foi o atendimento, se tudo estava funcionando”, diz.
Segundo ela, seu marido deve acompanhá-la nos testes que forem feitos em São Paulo, onde moram. Mas se o motel for em outra cidade, ela vai testar sozinha. “É muito comum que as pessoas se hospedem sozinhas. Se eu estiver em Fortaleza e precisar de um local para tomar banho, por exemplo, posso ficar em um motel em vez de me hospedar em um hotel.”
A funcionária anônima vai se hospedar como um cliente normal, podendo ir, inclusive, com acompanhante, e usufruir de suítes, além de consumir outros itens para avaliar a qualidade dos serviços.
A testadora ainda não começou de fato a avaliar os motéis do país. “Ainda estou em treinamento. Devo começar daqui uma ou duas semanas.”